Milhares de brasileiros podem receber os valores das perdas causadas pelos planos econômicos Bresser, Verão, Collor I e Collor II ainda este ano. A quantia varia entre R$ 3 mil a R$ 100 mil, segundo o saldo-base na data do plano. Saiba quem pode aderir ao Acordo dos Planos Econômicos.
Leia mais: É possível: veja como recuperar dinheiro confiscado no Plano Collor
Os planos econômicos são medidas governamentais criadas para regular a economia do país. Cada um à sua maneira, eles foram implementados para combater a inflação, reduzir o desemprego, promover o crescimento econômico ou atingir outros objetivos econômicos.
Perdas por planos econômicos
Apesar das expectativas, nem sempre os planos econômicos tiveram resultados positivos e foram bem-sucedidos. O Plano Collor, por exemplo, foi implementado em 1990, congelando preços e salários por um período de 18 meses. Ele conseguiu reduzir a inflação, mas trouxe problemas para muitos brasileiros.
Um deles foi o bloqueio da poupança, quando o plano congelou todos os depósitos em contas bancárias com saldo superior a 50 mil cruzeiros (equivalente a cerca de R$ 6 mil na época). Com isso, muitos brasileiros não podiam acessar o próprio dinheiro.
Agora, muitos poupadores prejudicados no passado ou seus herdeiros encontram uma luz de esperança. Cerca de 470 mil têm direito a receber as perdas aguardadas há décadas, com a possibilidade de resolução de processos judiciais.
Os interessados tiveram que aderir ao Acordo dos Planos Econômicos e, agora, eles podem receber valores que variam de R$ 3 mil a até R$ 100 mil.
Além disso, a expectativa é de conclusão do processo em até 15 dias. O acordo é considerado o maior já firmado pelo judiciário brasileiro, envolvendo a Febrapo, Idec, Febraban, AGU e o Banco Central, homologado em 2018 pelo STF. Mais de 300 mil pessoas já foram beneficiadas, e cerca de 70% dos 470 mil elegíveis podem receber até R$ 30 mil ainda este ano.
A adesão ao acordo é voluntária e gratuita, oferecendo uma forma rápida, segura e justa de encerrar os processos judiciais. Vale lembrar ainda que aqueles que optarem por não aderir terão os processos suspensos pelo STF por prazo indeterminado.