Há menos de um mês para o início de um novo ano, os brasileiros devem aproveitar o momento para organizar as contas e começar 2024 com o pé direito. Para os especialistas, os programas de renegociação e entradas extras como o 13º salário podem ser bons aliados para alcançar esse objetivo.
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Thiago Godoy, educador financeiro da Rico, afirmou em entrevista ao Portal iG que o mapeamento das dívidas é o primeiro passo. “É importante que o consumidor liste todas as suas dívidas, desde empréstimos até parcelamentos, de acordo com a taxa de juros e valor pendente. Dívida maior e mais cara em juros precisa ser paga primeiro”, explica.
O cenário também é oportuno para a renegociação dos débitos atrasados, por isso, o consumidor não deve se acanhar e buscar os credores. “Muitas vezes, eles estão dispostos a discutir condições de pagamento muito mais vantajosas. Você pode tanto renegociar taxas de juros e estabelecer novos prazos pode aliviar a pressão financeira”, acrescenta Godoy.
Renegociação e reserva de emergência
O programa Desenrola Brasil entrou em sua última fase com boas condições para consumidores que precisam renegociar dívidas bancárias e não bancárias. Por meio da plataforma, o governo intermedia o contato entre empresas e devedores para reduzir o nível de inadimplência do país.
As operações vão até o fim de dezembro, com possibilidade de parcelamento do valor em até 60 meses, taxa de juros de 1,99% ao mês e descontos de até 99%. Podem participar do programa pessoas com débitos de até R$ 20 mil e renda de até dois salários mínimos ou inscritas no Cadastro Único (CadÚnico).
Depois de quitar o que deve, é hora de planejar o futuro. “Após zerar as suas pendências, é essencial criar uma reserva de emergência. Essa é a reserva que te salvará em momentos imprevistos (e sim, eles vão acontecer)”, diz o especialista.
“Você não quer precisar pegar um empréstimo e pagar altos juros por falta de disciplina, não é mesmo? Por isso, destine uma porcentagem fixa do seu salário para poupar e investir em ativos com liquidez diária. O Tesouro Selic e um bom CDB com liquidez diária (e rentabilidade próxima a 100% do CDI) são duas opções”, completa.
Inadimplência
O número de inadimplentes no Brasil recuou para 71,45 milhões no primeiro semestre de 2023, mostram dados do Mapa de Inadimplência da Serasa. A redução foi de 450 mil pessoas (-0,63%) entre maio e junho, quando o volume de endividados chegou a 71,9 milhões.
Também houve queda na quantidade total de dívidas, que recuou de 264,5 milhões em maio para 262,8 milhões em junho (-0,62%). O valor total dos débitos alcançou R$ 346,3 bilhões em novembro, uma média de R$ 4.846,15 por devedor. Mais de 43% da população adulta do país está inadimplente.
* Com informações do Portal iG.