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Prepare o bolso! Geladeiras abaixo de R$ 4.000 podem sumir do mercado

Devido à nova decisão do Governo Federal, o preço das geladeiras pode ficar ainda maior para os consumidores brasileiros.



Uma decisão tomada pelo Governo Federal no início de dezembro visa retirar as geladeiras ineficientes do mercado. No entanto, a medida não teve boa repercussão entre os fabricantes, visto que a produção está em queda há dois anos seguidos. Em 2023, o setor deverá fechar com o segundo menor volume produzido nos últimos dez anos.

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Com a medida, a partir do dia 1º de janeiro, não poderão ser importadas ou produzidas geladeiras que tenham nível de eficiência energética abaixo de 85,5%. A partir de 2026, esse índice sobe para 90%. A decisão foi tomada pelo Comitê Gestor de Indicadores e Níveis de Eficiência Energética do Ministério de Minas e Energia (MME).

Dessa forma, a Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) afirmou que a medida poderá retirar 10% do volume de geladeiras no mercado em 2023. Já em 2026, quando a eficiência sobe para 90%, cerca de 83% dos modelos serão retirados. Em nota, o MME afirmou que o processo para a definição dos novos índices de eficiência energética foi amplamente discutido.

Medida afeta população baixa renda

Segundo o presidente da Eletros, José Jorge do Nascimento, “só vão ficar no mercado a partir de 2026 geladeiras com valor acima de R$ 4 mil e isso vai provocar um prejuízo gigante para a população das classes C, D e E”. No entanto, o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco), Bruno Hebert, discorda da fala de Nascimento.

“O drama da baixa renda é a conta de energia, e não adianta fazer um equipamento mais barato e ter uma conta de energia mais cara”, afirmou Bruno Hebert. A meta do país é melhorar em 10% a eficiência energética dos aparelhos até 2030. Para Hebert, a eficiência energética é o melhor caminho a ser seguido, visto que diminui investimentos com distribuição e transmissão.

Em relação ao risco de aumento nos valores das geladeiras, o Ministério de Minas e Energia argumentou, em nota, que “experiências internacionais demonstram que a evolução de vários mercados têm aumento efetivo de eficiência sem alta de preços, e, em alguns casos, há inclusive redução”.




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