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Turista brasileiro ainda terá vida boa na Argentina com Milei na presidência?

Brasileiros que planejam viagens para o país vizinho se preocupam com possíveis mudanças após a posse de Javier Milei.



Os brasileiros que planejam viajar para a Argentina em 2024 estão preocupados com as possíveis mudanças prometidas pelo presidente eleito Javier Milei. A campanha do político foi marcada por declarações polêmicas sobre o fechamento do Banco Central do país e a dolarização da economia.

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As promessas fazem os turistas questionarem se ainda vale a pena viajar para o destino que se tornou um dos preferidos dos brasileiros nos últimos anos. Segundo dados da Agência Nacional de Avião Civil (Anac), o volume de voos entre os dois países cresceu 481,7% de 2021 para 2022, superando as viagens entre Brasil e Estados Unidos.

Até o dia 10 de dezembro, data da posse do ultraliberal de extrema-direita, os efeitos do próximo governo na economia argentina seguem apenas no campo da especulação.

Turismo brasileiro na Argentina

O custo-benefício é o principal motivador dos turistas que visitam o país vizinho, já que a inflação por lá anda descontrolada. A moeda brasileira está valorizada e com algumas centenas de reais o viajante consegue bancar ótimas hospedagens, além de restaurantes renomados.

Outro chamariz são as compras, sobretudo de vinhos e doces argentinos. Ao cruzar a fronteira, é possível pagar bem menos por produtos de marcas famosas, inclusive importados.

O que esperar do futuro

Segundo a economista da Bloomberg Economics, Adriana Dupita, dolarizar a economia da Argentina não será um trabalho tão simples. “Ele precisará do apoio do Congresso e de uma política externa pragmática para fortalecer as exportações”, explica a economista.

“Não esperamos que a dolarização aconteça no curto prazo – as reservas internacionais são muito baixas. Líquidos dos requisitos de reservas sobre contas correntes cambiais e outros passivos, como swaps chineses, são negativos. Há cerca de US$ 20 bilhões em pagamentos de importação atrasados. Se Milei trocasse pesos circulantes por dólares das reservas da Argentina à atual taxa de câmbio paralela, estimamos que lhe faltariam US$ 65 mil milhões”, completa.

Dupita acredita que as estratégias de Milei devem desvalorizar a moeda argentina no início do governo, já que a inflação tende a acelerar. O cenário para os turistas dependerá do que avança mais rápido: a inflação ou o câmbio.

O viajante que faz a conversão pelo câmbio oficial pode ganhar poder de compra, mas quem explora o mercado paralelo (também chamado de “blue”) não deve sentir tanta a mudança.




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