Se você tem um iPhone, é melhor ficar de olho no cabo de seu carregador, independente se é a versão USB-c ou a clássica Lightning. Mesmo parecendo um acessório completamente simples e inofensiva, uma grande ameaça pode estar escondida debaixo da famosa capa branca do cabo. Conhecido popularmente como “caso USB mais perigoso do mundo”, o OMG Cable foi atualizado mais uma vez.
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O dispositivo ofertado online por menos de US$ 200 é capaz de capturar as teclas pressionadas, extrair dados, roubar credenciais e até mesmo instalar um malware nos aparelhos. Tudo isso utilizando apenas o cabo nos aparelhos. O OMG Cable possui aparência extremamente semelhante ao cabo original do iPhone, causando dores de cabeça para quem utiliza carregadores emprestados de terceiros.
“Os invasores usam uma variedade de técnicas em ataques altamente direcionados para espionar suas vítimas, e esses cabos são mais uma ferramenta em seu arsenal”, afirmou Jake Moore da ESET à Forbes. O cabo foi lançado pela primeira vez em 2019, trazendo avanços ao ser comparado com o cabo original da Apple.
Como funciona o OMG Cable?
Os cabos da OMG contam com processamento, carga útil e ponto de acesso Wi-Fi, tudo na mesmas dimensões e aparência dos cabos da Apple ou de outros lugares. Segundo Davey Winder em entrevista para a Forbes, o lançamento original da OMG é, na prática, “um mini-computador preso na ponta de um cabo — é incrível”.
No entanto, mesmo com uma ficha técnica de dar medo, os cabos são desenvolvidos para o bom uso. Com ele, pesquisadores e equipes que testam defesas de empresas, seja por dispositivos implantados por eles mesmos ou por cabos aleatórios deixados próximo à localização da empresa. O intuito é ver se funcionários caem na armadilha.
Inicialmente, os cabos foram projetados para atacar Macs e PCs quando um cabo de carregamento de smartphone estava conectado. “Nossos primeiros cabos não eram capazes disso, mas nossos cabos Tipo C introduziram isso como um recurso não primário para permitir pesquisadores e educadores, ao mesmo tempo em que reduzem a utilidade para pessoas que tentam implantar aplicativos de monitoramento conjugais”, afirmou Grover em entrevista à Forbes.
*Com informações da Forbes.