Achou 2023 quente? Em 2024, você sentirá falta das temperaturas ‘amenas’

2024 promete quebrar todos os recordes em relação à temperatura global. Segundo especialistas, as temperaturas ficarão 1,5ºC mais altas.



O ano de 2024 poderá ser o primeiro ano em que a temperatura média global da superfície ficará 1,5ºC mais quente do que na era pré-industrial, conforme informado pelo Met Office do Reino Unido. A previsão, feita em julho do ano passado pela Organização Meteorológica Mundial (WMO), foi confirmada com o início do El Niño.

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Dessa forma, 2024 deverá ser um ano de calor recorde, com um aumento significativo nas chances de quebrar os números de temperatura e registro de calor extremo em diversas partes do mundo. No Acordo de Paris de 2015, autoridades de diversos países concordaram em evitar que as temperaturas globais ultrapassarem a marca de 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais.

Ao ultrapassar de forma temporária, não há uma violação do acordo. No entanto, esse será um marco na história climática do planeta. Em 2023, o planta teve temperaturas mais quentes registradas algumas vezes, como nos meses de julho, agosto e setembro. Em 17 de novembro, a temperatura ultrapassou os 2ºC.

Quais as diferenças entre os aquecimentos de 1,5ºC e 2ºC?

Com um aquecimento de 1,5ºC, os impactos serão no calor, na seca e na quantidade de chuvas ao longo do ano. A partir desta marca, cada décimo extra de aquecimento resulta em acontecimentos extremos, aumentando ainda mais as desigualdades existentes. Além disso, o custo de adaptação ao calor também sobre consideravelmente.

Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), um episódio de calor extremo, que ocorre uma vez a cada década em um clima sem influência humana, ocorreria 4 vezes por década com 1,5ºC de aquecimento e quase 6 vezes por década com 2ºC. Assim, os efeitos não se dão apenas na saúde ou nos gastos, como também na produtividade.

Outro ponto a ser observado é que uma atmosfera mais quente retém mais umidade, aumentando o número e o volume de precipitações. Com isso, os riscos de inundações aumentam e, consequentemente, a evaporação. Assim, as secas serão mais intensas. Por fim, o meio grau de diferença pode causar mudanças drásticas nas condições necessárias para o bem-estar dos humanos, dos animais e dos biomas.




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