A Polícia Civil de São Paulo realizou uma operação na norte desta quinta-feira (18) que resultou no fechamento de uma fábrica clandestina de adulteração de cervejas. O local ficava na Zona Sul de São Paulo, no bairro Jardim Ângela. Durante a operação, os policiais do 2º Distrito Policial, do Centro, encontraram 31 pessoas trabalhando na adulteração de bebidas.
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Além dos trabalhadores, os investigadores encontraram também rótulos e tampas de marcas líderes de mercado, como Budweiser. No entanto, as embalagens eram preenchidas com cervejas mais baratas, fabricadas por outras marcas. Ao todo, pelo menos 638 engradados de cervejas falsificadas foram apreendidos, além de milhares de tampas e rótulos utilizados no processo.
Segundo informações, o boletim de ocorrência informa que os vizinhos do local informaram aos investigadores que a fábrica funcionava 24 horas por dia. Além disso, o estabelecimento possuia um grande fluxo de chegada e saída de caminhões, o que indica uma grande venda e um alto número de clientes das bebidas falsificadas.
Como funcionava a fabricação doas cervejas falsificadas?
A “fabricação” das bebidas acontecia em oito meses de trabalhos, com rótulos prontos para serem colados nas garrafas com cola e um rolo de tinta. As tampas das garrafas também eram retiradas, alterando a qualidade do produto e colocando as tampas das marcas escolhidas. Com isso, os falsificadores conseguiam comercializar as cervejas mais baratas como se fossem da marca mais cara.
Ao serem questionados, nenhum dos trabalhadores presentes no local se apresentou como responsável ou forneceu algum tipo de informação. A única alegação recolhida pelos policiais foi que os homens apenas trabalhavam na produção ou carregando caixas, conforme dito por um dos policiais envolvidos na ocorrência.
Com isso, as 31 pessoas presas em flagrante foram direcionadas ao 8º Distrito Policial, o Belenzinho. O grupo foi autuado por falsificação de gênero alimentício e associação criminosa. “Os agentes foram surpreendidos enquanto falsificavam produto alimentício destinado a consumo, tornando-os nocivos à saúde e reduzindo-lhes o valor nutritivo. [Os produtos eram] e manuseados inadequadamente, em local insalubre e sem qualquer condição de higiene”, justifica o B.O. do caso.