O valor do Auxílio Gás pode ficar menor em 2024 com o esforço do governo federal para elevar a produção de gás natural no Brasil. O benefício foi criado para auxiliar famílias de baixa renda na compra do botijão de gás de cozinha, em meio a um cenário de alta expressiva nos preços do produto.
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Em declaração recente, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou estar otimista sobre o aumento da produção de gás natural pelo país. Ele acredita que essa pode ser a solução para baixar os preços do combustível para a população.
Segundo Alckmin, o Ministério de Minas e Energia e a Petrobras trabalham em conjunto para praticamente dobrar a produção brasileira em até quatro anos. A meta considera o reforço obtido pelo início do funcionamento do Gasoduto Rota 3, em Itaboraí (RJ).
Se os preços do gás ficarem mais baixos, o valor do repasse bimestral do chamado vale-gás também deve cair, uma vez que o benefício é calculado com base no preço médio do botijão de 13 quilos.
Gás natural no Brasil
O preço do gás natural no Brasil chega a 11 dólares por milhão de BTUs, o que é considerado alto, sobretudo comparado com o custo do produto nos Estados Unidos (entre 3 e 4 dólares por milhão de BTUs). Segundo o vice-presidente, essa discrepância reflete principalmente o alto custo de geração nacional.
Para reduzir essa média, o governo planeja ampliar a produção e o uso do Gasoduto Brasil-Bolívia. Alckmin afirma que existe espaço para aumentar a exploração e, consequentemente, reduzir os preços do gás no Brasil.
Auxílio-Gás
Para receber o benefício, a família precisa estar inscrita no Cadastro Único (CadÚnico), além de ter renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa da família. O vale-gás também atende cidadãos que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Os repasses são bimestrais e equivalentes ao preço médio nacional do botijão de gás de 13 quilos, apurado periodicamente pela Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). Cerca de 5,4 milhões de famílias de todo o país receberam uma parcela de R$ 104 em dezembro.