A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou que irá manter a bandeira tarifária verde durante o mês de março. A medida é válida para os consumidores de energia abastecidos pelo Sistema Interligado Nacional (SIN). Com a decisão, fica estabelecido a ausência de custo adicional nas contas de energia do mês de março.
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No entanto, mesmo que os reservatórios das hidrelétricas estejam em um nível considerado confortável para a geração de energia, há uma incerteza em relação aos próximos meses. Durante uma reunião do Programa Mensal de Operação (PMO), técnicos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) afirmaram que a bandeira poderá não continuar a mesma até o final do ano.
Devido à previsão de chuvas abaixo da média histórica, a recuperação dos reservatórios fica limitada. Dessa forma, caso os precipitados continuem abaixo do esperado até o final do mês de março, é possível ocorrer uma alteração na bandeira tarifária nos próximos meses.
O que são as bandeiras tarifárias?
O sistema de bandeiras tarifárias foi instaurado pela Aneel em 2015, com o intuito de compartilhar com os consumidores os custos reais da geração de energia no país. Os valores extras a serem cobrados pelas bandeiras variam de acordo com a cor, determinadas pelas condições naturais favoráveis ou desfavoráveis a geração de energia.
Quando as condições de geração de energia estão favoráveis, é aplicada a bandeira verde, sem a cobrança adicional na conta de energia. Em situações que as condições estão menos favoráveis, mas com o SIN ainda sendo abastecido pelas usinas hidrelétricas, a bandeira amarela é acionada. Neste caso, há cobrança extra de R$ 2,989 por kWh consumidos.
No entanto, quando as condições ficam desfavoráveis, o SIN aciona as usinas termelétricas. Nesse caso, há dois patamares: o primeiro com a cobrança de R$ 6,50 por 100 kWh e o segundo de R$ 9,795 por cada kWh. Por fim, o custo de energia mais cara é a bandeira de Escassez Hídrica, na qual há cobrança de R$ 14,20 por 100kWh consumidos.