O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central cortou a Selic, taxa básica de juros da economia, de 11,75% para 11,25% ao ano. A redução de 0,5 ponto percentual foi a quinta consecutiva e levou a referência ao seu menor patamar desde março de 2022.
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A decisão do colegiado foi unânime e baseada no cenário de desaceleração do conjunto dos indicadores de atividade econômica do país. “A inflação cheia ao consumidor, conforme esperado, manteve trajetória de desinflação, assim como as medidas de inflação subjacente, que se aproximam da meta para a inflação nas divulgações mais recentes”, explicou o comitê.
No próximo encontro, especialistas preveem um novo corte de 0,5 ponto percentual. O Copom confirmou que a redução continuará no mesmo ritmo caso o cenário se mantenha dentro do esperado.
“Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”, disse, em nota.
Como a mudança afeta o brasileiro?
Os cortes deixam os juros mais baixos e, consequentemente, o crédito mais barato. A Selic é usada como referência para os juros cobrados por bancos e lojas em empréstimos e financiamentos, por exemplo, e por isso é chamada de taxa básica.
A decisão deve impulsionar o consumo da população ao longo do tempo, considerando que o acesso ao crédito alivia o orçamento das famílias. Além disso, os juros mais baixos podem estimular a geração de empregos ao diminuir os custos de operação das empresas.
Outra consequência é o aumento da busca por investimentos de maior risco, como ações. A queda nos juros torna as aplicações em renda fixa, como CDB, LCI e títulos do Tesouro, opções de menor rentabilidade para o investidor. Esse processo pode gerar uma migração para a renda variável.