No Brasil há 50 anos, a companhia Vigilantes do Peso, conhecida mundialmente como Weight Watchers International, decidiu encerrar suas operações no país. Em um comunicado emitido aos clientes, a empresa informou que a decisão de encerrar suas operações no Brasil foi tomada após uma decisão do conselho. Com isso, o aplicativo e os workshops da Vigilantes do Peso não estarão mais disponíveis para os brasileiros.
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Para aqueles que possuem assinatura ativa, as inscrições serão canceladas em trinta dias após o pagamento da próxima mensalidade. Além disso, a empresa informou que não irá aceitar novos clientes durante este período. O programa visa incentivar a perda de peso dos usuários por meio de um método de pontos a alimentos e modificação comportamental.
“Sabemos que isso pode ser decepcionante e agradecemos a todos os nossos dedicados colaboradores e leais membros assinantes por seu apoio ao longo de todos esses anos”, afirmou a empresa em comunicado. “Obrigado por confiar em nós durante sua jornada de saúde e peso. Desejamos a você nada além de sucesso contínuo”, finaliza a empresa em comunicado.
Programa perde popularidade para medicamentos
Com o aumento da popularidade de outros meios de emagrecimento, como medicamentos e cirurgias bariátricas, o Weight Watchers perdeu consideravelmente sua popularidade. Em 1963, a fundação comprou uma plataforma de perda de peso que prescreve medicamentos, a Sequence. Com ela, a expectativa era de que houvesse um aumento no número de inscritos no programa.
No entanto, a facilidade para a compra de medicamentos com GLP-1 para diabete, como o Ozempic e Wegovy, fez com que o público do programa migrasse para o uso dos medicamentos. O uso dos medicamentos gerou, inclusive, a saída da apresentadora Oprah Winfrey do Conselho de Administração da empresa. Com isso, ela decidiu doar suas 1,13 milhão de ações para “eliminar qualquer conflito de interesses percebido em razão de seu uso de medicamentos para perda de peso”.
Em entrevista a Reuters, o diretor de investimentos da Henssler Financial, Troy Harmon, afirmou que a saída de Oprah é considerada “apenas mais uma prova no quadro geral de que as pessoas preferem levar uma injeção a ter de ajustar o seu estilo de vida”.