O Governo está estudando a criação de um novo benefício para as famílias brasileiras em maior situação de vulnerabilidade social. Segundo a reportagem divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo, um grupo de pecuaristas do Mato Grosso do Sul sugeriu a criação de um voucher para compra de carne bovina. A proposta foi feita ao ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira (PT), chamada de “Carne no Prato”.
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Ao receber a ideia, o ministro encaminhou o texto para análise da Casa Civil e do Ministério do Desenvolvimento Social. A expectativa é que o novo programa beneficie cerca de 19,5 milhões de pessoas caso seja colocado em prática. Segundo Bumlai, pecuarista que integra o grupo a favor do projeto, o vale carne seria no valor de R$ 35, o suficiente para que as famílias comprem cerca de 2 quilos de carne por mês.
“Nós recebemos essa proposta de produtores rurais, pecuaristas do Mato Grosso do Sul. Eles achavam que esse tema da carne pudesse ganhar o status de um benefício para dar condição de acesso aos beneficiários do Bolsa Família e promover o acesso dos beneficiários do Bolsa Família à carne”, afirmou o ministro Paulo Teixeira ao O Estado de S. Paulo.
Como funcionará o Carne no Prato?
Segundo a proposta, o programa seria ofertado somente para as famílias inscritas no Cadastro Único dos Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Com isso, os beneficiários do Bolsa Família passariam a contar com um novo valor extra em seus repasses mensais. Os vouchers deverão ser utilizados apenas para a compra de carne bovina, em supermercados e açougues conveniados com a política.
Em janeiro de 2024, o Bolsa Família possuia cerca de 21 milhões de famílias inscritas. Dessa forma, caso todas elas recebesse o voucher de R$ 35, o programa teria um custo total de R$ 8,8 bilhões por ano aos cofres públicos. Conforme afirmado pelo ministro, a proposta precisa passar pelo Ministério do Desenvolvimento Social e pelo crivo da Casa Civil.
Contudo, a proposta não possui o aval do Ministério da Casa Civil e do Ministério da Fazenda. Ambas as pastas devem apresentar resistência ao projeto, visto o alto custo que a medida terá nas contas públicas. Vale ressaltar que os ministérios buscam por formas de cumprir a meta de zerar o déficit ainda em 2024.