Má notícia para os brasileiros que estavam esperando passagens aéreas mais baratas. Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, o programa Voa Brasil não irá conseguir atender a todos os brasileiros. Com passagens por até R$ 200 a cada trecho, o programa será liberado por etapas.
Veja também: Passagem aérea fica mais barata quanto tempo antes da viagem?
Na primeira delas, serão atendidos os aposentados que recebem até dois salários mínimos e estudantes do Programa Universidade para Todos (Prouni). No entanto, só poderão aproveitar das passagens os cidadãos que não tiverem realizado nenhuma viagem de avião nos últimos 12 meses. “Não teremos condições de um dia para noite ofertar passagens de R$ 200 (para todos)”, afirmou o ministro durante um evento em São Paulo.
Previsto para ser lançado em março, o programa irá ofertar cinco milhões de passagens, distribuídas por meio de uma parceria entre as companhias aéreas e o Governo Federal. O Voa Brasil permitirá a compra de passagens aéreas com descontos apenas para os períodos de baixa temporada, entre março e junho e também entre agosto e novembro.
Linha de crédito será liberada para companhias aéreas
Segundo o ministro Costa Filho, há uma espera sobre a definição do Tesouro Nacional sobre a destinação de um fundo garantidor. O valor será entre R$ 4 bilhões e R$ 6 bilhões, destinados a empréstimos a serem pegos pelas companhias aéreas com o BNDES. Assim, além de possibilitar o pagamento de dívidas, a linha de crédito poderá ser utilizada também para a aquisição de novas aeronaves.
Dessa forma, a expectativa é que o mercado tenha um crescimento entre 8% a 12% em 2024, ao ser comparado com 2023. No último ano, 112 milhões de passageiros realizaram suas viagens por meio do transporte aéreo. Além disso, Costa Filho anunciou ainda que o governo está em negociação com a concessionária de Congonhas, visando a antecipação de investimentos de R$ 2 bilhões. Os valores serão investidos ao longo da concessão.
“Há uma preocupação do governo em melhorar a estrutura de Congonhas, que é o coração do Brasil pelo seu volume permanente de voos”, afirmou o ministro. Por fim, ao ser questionado sobre os benefícios a serem ofertados para os consumidores, Costa Filho afirmou que novas aeronaves irão representar maior oferta de destinos e voos.
“Para o consumidor, melhora. São mais aeronaves no Brasil. Isso quer dizer mais voo operando no país, mais destinos”, afirmou o ministro.
