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Cientistas estão em choque com esta descoberta arqueológica

Pesquisadores querem identificar ligações biológicas entre humanos da Ásia Oriental com os de outras regiões do Velho Mundo.



A caça era uma prática presente e necessária para os nossos antepassados há milhões de anos. O objetivo consistia em apenas um: satisfazer as necessidades fisiológicas óbvias, como suprir a fome. Mas como eram as ferramentas utilizadas nesta busca por alimento?

Recentemente, um grupo de cientistas descobriu o que pode ser a nova revolução na ciência a respeito da busca por comida na era pré-histórica. Isso porque foram descobertas ferramentas de engenhosidade complexa, capazes de surpreender até o mais cético dos pesquisadores.

As primeiras ferramentas dos antepassados

Para sobreviverem ao mundo que se constituía, nossos antepassados precisavam lutar contra a dominação da natureza. Para isso, desenvolveram objetos que lhes garantissem uma boa vantagem durante a caça.

Era comum utilizarem pedras e ossos pontiagudos, galhos com pontas enrijecidas ou qualquer outro tipo de objeto afiado para se protegerem de predadores, caçar e construir abrigos. Tais ferramentas podem ser usadas como uma régua para demonstrar a evolução da inteligência humana.

Com o passar dos anos, o corpo humano desenvolveu destreza manual. A partir daí, surgiu a necessidade de criar e utilizar ferramentas mais complexas, que ajudaram a desenvolver a motricidade fina, ou seja, a maneira como utilizamos nossos braços, mãos e dedos conforme a atividade exercida. Dito isso, a interação com o ambiente hostil e a busca por soluções mais práticas tornaram-se a fonte do processo de evolução.

Isso demonstra a importância das ferramentas para nossos antepassados, que por meio delas também lançaram as bases que conhecemos hoje para o desenvolvimento da civilização. Estudos apontam que o cérebro humano cresceu em face das conexões neurais que as práticas provocavam na mente. Portanto, desde as primeiras pedras esculpidas até a tecnologia complexa dos dias atuais, há uma linha ininterrupta de progresso e inovação.

Foto: Food Impressions/Shutterstock

Descoberta arqueológica deixa cientistas perplexos

Uma recente descoberta arqueológica na China, pela equipe internacional liderada pelo Instituto de Paleontologia e Paleoantropologia de Vertebrados (IVPP), gerou uma onda de entusiasmo na comunidade de pesquisadores. O grupo encontrou evidências que apontam para o fato de os hominídeos do Leste Asiático possuírem uma tecnologia avançada para produzir ferramentas de pedra, isso há aproximadamente 1,1 milhão de anos.

Os vestígios foram encontrados no sítio arqueológico Cenjiawan, localizado na Bacia de Nihewan, norte do país. Trata-se da mais antiga tecnologia de núcleo preparado encontrada na Eurásia. A tecnologia do núcleo preparado é um método de lapidação de pedra bem característico, que consiste em atingir o núcleo de uma rocha em um ponto estratégico para a liberação de flocos uniformes e afiados. Até então, essa técnica havia sido associada apenas ao Homo erectus e ao primeiro Homo sapiens.

Agora, investigadores defendem que os estudos se concentrem nessas características tecnológicas das ferramentas, de forma que isso permita uma melhor compreensão do conjunto de técnicas de fabricação por povos mais antigos. O objetivo é identificar ligações culturais e biológicas entre humanos da Ásia Oriental com humanos das regiões da Europa e África (Velho Mundo).




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