O aroma inconfundível do café pela manhã pode tornar-se cada vez mais um privilégio para alguns. As mudanças climáticas, os novos hábitos de consumo e os conflitos geopolíticos, como as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio, estão pressionando o preço do café, que tende a se tornar uma bebida cada vez mais cara e inacessível para muitos.
O Brasil, maior produtor mundial de café arábica, conta com uma vantagem estratégica nesse cenário, mas nem mesmo o nosso país está livre dos desafios. Isso acontece porque as condições climáticas, como secas e geadas, impactaram as lavouras, assim como ocorre no Vietnã, reduzindo a oferta e impulsionando os preços.
Ao mesmo tempo, a demanda por café não para de crescer, inclusive em países que tradicionalmente consumiam mais chá. Essa mudança nos hábitos de consumo, associada à escassez da oferta, coloca o café em um caminho de preços nas alturas.
Muitos brasileiros que vivem na Europa, por exemplo, confirmam isso a cada nova ida ao supermercado. Por lá, o preço do café pode chegar a entre 25 e 30 euros por quilo, um valor que muitos consumidores não estão dispostos a pagar pelo produto, mesmo tratando-se da paixão de muitos. Afinal, o preço pesa no orçamento!
Futuro do café
Pensar no futuro do café pode ser motivo de desespero para aqueles que tanto apreciam a bebida. Diante de tantos fatores que mudam o valor no mercado, as expectativas não são nada animadoras.
O aumento desenfreado dos preços deve continuar sendo uma realidade no Brasil e, principalmente, nos outros países que não são produtores do grão e dependem da importação do café.
Por isso, mesmo que o café faça parte da nossa cultura e do dia a dia de muitos brasileiros, pode ser preciso pisar no freio e economizar. Esta bebida, tão deliciosa e rica em história, pode se tornar cada vez menos acessível para a maioria das pessoas no Brasil e no mundo.