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Falsos profissionais: veja como não cair em golpes de clínicas estéticas

Conheça os cuidados essenciais para evitar complicações em procedimentos estéticos e saiba como identificar falsos esteticistas.



Ir “para a faca” ficou cada vez mais comum. O Brasil é um dos líderes globais em procedimentos estéticos e reparadores, ocupando o segundo lugar no mundo, conforme o relatório de 2023 da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS).

Atrás apenas dos Estados Unidos, o Brasil realiza 8,9% do volume global desses procedimentos, impulsionado principalmente pelos tratamentos não cirúrgicos injetáveis.

A toxina botulínica, conhecida como botox, destaca-se entre as preferências dos brasileiros, seguida pelos preenchedores de ácido hialurônico e bioestimuladores de colágeno.

Procedimentos estéticos e os perigos de falsos profissionais

A popularidade dos procedimentos estéticos não é acompanhada apenas por benefícios. Segundo o cirurgião plástico Luís Maatz, em entrevista ao Alto Astral, os riscos de complicações aumentaram paralelamente à demanda. Em muitos casos, esses problemas decorrem da atuação de falsos esteticistas.

O CREMESP revisou processos de 289 médicos entre 2001 e 2008, identificando que 48,1% não possuíam qualquer título de especialidade médica, configurando-se como falsos esteticistas.

Além disso, outro dado é que apenas 2,1% dos médicos processados eram cirurgiões plásticos, e 0,3% eram dermatologistas atuando na área estética.

Um estudo publicado na revista Plastic and Reconstructive Surgery relatou 47.360 procedimentos de preenchimento facial em 2020, com 1.032 complicações registradas.

Destas, mais da metade ocorreu nas mãos de profissionais que não eram médicos. Desse modo, as complicações mais comuns incluem nódulos, edemas, infecções e até oclusão arterial, especialmente em áreas delicadas como a região abaixo dos olhos.

Foto: Dimitry Uziel/Shutterstock

Identificação de falsos esteticistas

Cirurgiões plásticos e dermatologistas habilitados devem comprovar seu título de especialista nas sociedades regulamentadas pela Associação Médica Brasileira (AMB) e ter o Registro de Qualificação de Especialidade (RQE). Então, consultar os sites da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da Sociedade Brasileira de Dermatologia é uma medida prudente.

Além disso, a pesquisa sobre o histórico do profissional é crucial. Buscar processos e reclamações no Google pode ajudar a identificar falsos esteticistas. Outro indicativo de alerta são valores muito atrativos.

Profissionais que cobram preços muito baixos podem estar priorizando o lucro em detrimento da saúde do paciente. O cirurgião Luís Maatz, ao Alto Astral, alerta que esses profissionais muitas vezes negligenciam cuidados essenciais, pressionam os pacientes e oferecem procedimentos desnecessários.

A escolha do local onde o procedimento será realizado também é fundamental. Procedimentos invasivos ou cirurgias plásticas devem ser realizados em hospitais, que oferecem a infraestrutura necessária para lidar com emergências. Clínicas, por mais sofisticadas que sejam, não substituem a segurança de um hospital.

Além disso, verificar se o médico solicita os exames pré-operatórios essenciais é vital. Exames como hemograma, glicemia em jejum, coagulograma, entre outros, são importantes para garantir a segurança do paciente durante a cirurgia.

Por fim, vale lembrar que dentistas podem realizar alguns procedimentos. A odontologia estética inclui clareamentos dentais, gengivoplastia, bichectomia e aplicação de toxina botulínica (botox) nos lábios são alguns dos tratamentos oferecidos.

*Com informações Alto Astral.




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