O telefone fixo perdeu espaço com a chegada dos smartphones. Contudo, embora considerado extinto em muitas residências, ele ainda encontra utilidade em certas aplicações.
Ao Jornal USP, Marcello Zuffo, professor do Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos da Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo e Diretor do Centro de Inovação InovaUSP, explica que as tecnologias competem entre si.
Da mesma forma que o telefone fixo representou um avanço em relação ao telégrafo, a internet, a fibra óptica e os telefones celulares trouxeram um novo salto em relação à telefonia fixa.
Existem ondas sucessivas de tecnologias que se sobrepõem. Nós vamos evoluindo como humanidade e a tecnologia vai se democratizando e ganhando escala, de tal forma que essa escala permite o barateamento e o acesso da tecnologia à população em geral – diz ao Jornal USP.
Uso do telefone fixo nos dias atuais
Zuffo destaca que, nos últimos anos, houve uma queda significativa nos preços dos telefones fixos. Além disso, o telefone fixo ainda funciona como uma espécie de “endereço eletrônico” das residências, o que pode torná-lo uma alternativa útil aos telefones celulares em determinadas situações.
No entanto, ele explica que a telefonia fixa está cada vez mais restrita a aplicações específicas, como no ambiente empresarial e em atividades profissionais que exigem maior confiabilidade e estabilidade de conexão.
O professor observa que, no contexto pessoal e doméstico, o telefone fixo está praticamente extinto, dada a ampla popularidade dos telefones celulares.
Foto: R.Narong/Shutterstock
Tecnologia dos aparelhos
Segundo a matéria do Jornal USP, o telefone fixo analógico é uma forma de comunicação bidirecional que utiliza fios de cobre para transmitir sinais elétricos. Contudo, Zuffo aponta que esses fios de cobre estão sendo gradualmente substituídos pela fibra óptica, devido à sua superior capacidade de comunicação e transmissão de dados.
Esse avanço tecnológico abre portas para novos mecanismos de comunicação, como as videoconferências, já utilizadas atualmente, e até mesmo a telepresença com imagens tridimensionais.
Acredita-se que, no futuro, transmitiremos imagens tridimensionais através da fibra óptica, pois ela permite transmitir mais informações do que o mecanismo sem fio, como a comunicação móvel celular — ressalta Zuffo.
Por fim, apesar dos desafios relacionados à falta de investimentos em infraestrutura de comunicações no Brasil, Zuffo afirma que as pesquisas em 5G e telepresença já estão em andamento, sendo apenas uma questão de tempo para que esses avanços tecnológicos se tornem populares. Com informações de Jornal USP.