Silvio Santos foi muito mais do que um ícone da televisão brasileira. Ao longo de décadas, o lado empresário do apresentador se destacou tanto quanto sua presença nas telas. Fundador do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) em 1982, Silvio não se limitou ao entretenimento.
Ou seja, ele construiu um império empresarial, diversificando seus investimentos em várias áreas, como cosméticos, capitalização. Além disso, esteve até mesmo no setor financeiro, com o polêmico Banco PanAmericano.
Esse lado empresário o levou a figurar por vários anos na lista dos bilionários da Forbes. Em 2023, sua fortuna era estimada em R$ 1,6 bilhão, garantindo a ele a posição 209º entre os mais ricos do Brasil.
Apesar de sua riqueza impressionante, ele ainda estava distante de nomes como Eduardo Saverin, cofundador do Facebook e o homem mais rico do Brasil, com uma fortuna avaliada em 28 bilhões de dólares.
No entanto, a marca deixada por Silvio Santos no cenário empresarial é única e merece ser lembrada.
Foto: Lourival Ribeiro/SBT
Lado empresário do apresentador
- SBT
É o maior símbolo do lado empresário de Silvio Santos. Afinal, desde sua fundação, o canal se consolidou como um dos principais veículos de comunicação do Brasil.
Mesmo depois de sua saída das telas em 2022, quando a saúde começou a declinar, sua presença ainda é sentida na emissora. Com sua filha Patrícia Abravanel assumindo o comando de alguns programas, o legado de Silvio permanece vivo na televisão brasileira.
A força do SBT vem da própria imagem de Silvio Santos. Ou seja, sua habilidade em se conectar com o público garantiu ao canal uma posição sólida, apesar da concorrência acirrada com outras emissoras.
O SBT continua sendo o terceiro maior canal de TV aberta no país, provando que o lado empresário de Silvio Santos foi fundamental para seu sucesso duradouro.
- Grupo Silvio Santos
Além do SBT, o lado empresário de Silvio Santos se estendeu para o Grupo Silvio Santos, criado em 1965. Em outras palavras, o conglomerado reúne negócios que vão desde o Baú da Felicidade até hotéis e empresas de cosméticos.
A diversificação foi a marca registrada de Silvio, que se aventurou em diferentes segmentos ao longo de sua carreira, sempre buscando novas oportunidades.
No entanto, nem tudo foram flores. Um dos capítulos mais complicados foi o escândalo do Banco PanAmericano. Em 2010, o banco foi abalado por um rombo de R$ 4 bilhões, resultado de fraudes internas.
Desse modo, a crise forçou Silvio a vender o banco em 2011 para o BTG Pactual. Esse episódio mostrou que, apesar de todo o sucesso, Silvio Santos também enfrentou grandes desafios e riscos ao longo do caminho.
- Jequiti
Em 2006, Silvio Santos decidiu explorar o mercado de beleza com a criação da Jequiti, sua marca de cosméticos. Logo, esse novo empreendimento consolidou ainda mais o lado empresário de Silvio, ao apostar em um setor promissor. A Jequiti cresceu rapidamente, tornando-se uma referência no mercado de venda direta de cosméticos.
Hoje, com mais de 170 mil consultores espalhados pelo Brasil, a empresa continua a expandir suas operações. Recentemente, a marca chamou atenção com rumores sobre uma possível venda, que poderia movimentar até R$ 450 milhões.