Pesquisa mostra qual é a cidade brasileira com melhor qualidade de vida (e a pior)

Análise foi realizada por organizações da sociedade civil tanto brasileiras quanto internacionais.



Há uma cidade no Brasil que se destaca por proporcionar a melhor qualidade de vida para seus moradores? Um estudo abrangente foi realizado em todo o país para responder a essa pergunta. A análise foi realizada por organizações da sociedade civil tanto brasileiras quanto internacionais, buscou analisar todos os 5.570 municípios do país.

Utilizando pela primeira vez o Índice de Progresso Social (IPS), os pesquisadores chegaram a uma conclusão surpreendente: Gavião Peixoto, localizada no interior de São Paulo, é a cidade que lidera nesse aspecto.

Gavião Peixoto é a melhor cidade de qualidade de vida do país – Foto: Divulgação

Conheça Gavião Peixoto

O desempenho da cidade de Gavião Peixoto, que possui apenas 4.700 habitantes, exemplifica a desigualdade entre as diferentes regiões do Brasil.

Estados como São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais concentram a maioria das cidades com as melhores condições de bem-estar social. Em contraste, estados como Pará, Amazonas, Roraima, Amapá e Acre apresentam os resultados mais desfavoráveis.

Cidade com menos qualidade de vida

A menor pontuação foi observada em Uiramutã, localizado na região norte do Brasil, no estado de Roraima. Este município também possui a maior proporção de população indígena no país, segundo os dados do Censo de 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O estudo realizado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), em colaboração com a Fundación Avina, Amazônia 2030, Anattá Pesquisa e Desenvolvimento, Centro de Empreendedorismo da Amazônia e Social Progress Imperative, examina diversos aspectos para determinar se os habitantes têm as condições necessárias para prosperar em seus municípios.

A pesquisa analisa desde necessidades básicas como moradia, alimentação e segurança, até o acesso à informação e comunicação, além de avaliar se há igualdade de tratamento, independentemente de gênero, raça ou orientação.

Índice ‘Oportunidade’

Para determinar o índice ‘oportunidade’, foram empregados 53 indicadores públicos provenientes de fontes oficiais e institutos de pesquisa. Entre as fontes utilizadas estão DataSUS, Instituto de Estudos para Políticas de Saúde, Conselho Nacional de Justiça, Mapbiomas, Anatel e CadÚnico.

O IPS é organizado em três principais dimensões:

  • ‘Necessidades Humanas Básicas’ (Segurança Pessoal, Moradia, Água e Saneamento, e Nutrição e Cuidados Médicos Básicos), que obteve o melhor resultado com 73,58 pontos (num índice que vai até 100);
  • ‘Fundamentos para o Bem-estar’ (Acesso ao Conhecimento Básico, Acesso à Informação e Comunicação, Saúde e Bem-estar, e Qualidade do Meio Ambiente) ficou em segundo lugar com 67,10 pontos.

A dimensão ‘Oportunidades’ (Direitos Individuais, Liberdades Individuais e Escolhas, Inclusão Social, e Acesso à Educação Superior) teve o pior desempenho, com 44,83 pontos.

Cada um desses componentes contribui para a média final, calculada pela soma de cada indicador. Confira os resultados do seu município aqui.




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