O 13º salário é uma gratificação prevista pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e representa um alívio financeiro para muitos brasileiros, especialmente nos meses de novembro e dezembro. Durante esse período, as pessoas aguardam ansiosamente por essa renda extra, que ajuda a enfrentar as despesas de final de ano e permite um fôlego no orçamento familiar.
Apesar de sua importância, muitos optam por antecipar o benefício, seja por necessidade ou por falta de planejamento. A antecipação do 13º salário pode ser feita tanto diretamente com o empregador quanto com instituições financeiras, mas é preciso estar atento aos juros e implicações dessa escolha.
Antecipação do 13º: vale a pena?
Ao Terra, Marina Farias, especialista do Me Poupe!, destaca a importância de avaliar bem a decisão:
“A primeira coisa é avaliar quais são os seus gastos futuros e qual é o juros que você vai pagar nessa operação. Muitas vezes, na ansiedade, no desespero de se livrar daquela dívida, as pessoas aceitam qualquer oferta”, alerta ela ao Terra.
Vale destacar que existem duas formas principais de solicitar a antecipação. A primeira é diretamente com o empregador, o que evita o pagamento de juros. Já a segunda envolve recorrer a bancos, que costumam cobrar taxas próximas de 3%, mas oferecem mais segurança de recebimento.
Márcia Regina Corrêa, vigilante de 42 anos, compartilhou sua experiência com o site, explicando como ficou dependente dos adiantamentos:
“Eu me arrependi. Realmente me trouxe complicações, como precisar do saque do FGTS e não conseguir o acesso. Este ano já saquei de novo e se tornou uma bola de neve”, desabafou Márcia.
Como planejar o 13º salário?
Planejar o uso desse benefício pode ser essencial para evitar problemas financeiros. A regra é simples: multiplicar o salário anual bruto por 12, somando horas extras e outros adicionais, como comissões. No entanto, especialistas alertam que é comum haver um otimismo exagerado durante esse período.
Lai Santiago, planejadora financeira, explica:
“É muito comum que, nesses períodos, a gente se sinta mais otimista e fazemos uma avaliação muito mais positiva e pouco realista da própria realidade financeira. Essa sensação, esse excesso de confiança, faz com que ignoremos o real impacto daquela tomada de decisão”, observa Lai.
O pagamento da primeira parcela deve ser feito até 30 de novembro, enquanto a segunda parcela, com as deduções de impostos, deve ser paga até 20 de dezembro. Para alguns, antecipar pode ser uma solução, mas é importante ter clareza dos motivos e das condições financeiras.
*Com informações de Terra
