Segundo estudo, ficar muito tempo sentado pode causar infarto

Pesquisa contou com quase 90 mil participantes e alerta sobre os efeitos negativos de passar longos períodos sentado. Recomenda-se limitar esse tempo a menos de 10,6 horas diárias.



Um recente estudo internacional trouxe à tona preocupações relacionadas ao tempo prolongado que muitas pessoas passam sentadas. Com cerca de 90 mil participantes, os dados foram extraídos do UK Biobank, uma vasta base biomédica.

Pesquisadores do Brigham and Women’s Hospital, em Boston, destacam que mesmo indivíduos fisicamente ativos podem enfrentar riscos cardíacos se permanecerem sentados por longos períodos.

A pesquisa foi publicada no renomado Journal of the American College of Cardiology.

Descobertas do estudo

Durante a pesquisa, um acelerômetro foi usado por uma semana para monitorar atividades sedentárias dos participantes.

Os resultados indicaram que o tempo sentado estava associado a um aumento nas doenças cardiovasculares, como ataques cardíacos e derrames.

Imagem: Shutterstock/reprodução

Os especialistas sugerem que permanecer sentado por mais de 10,6 horas diárias pode ser prejudicial. Essa recomendação, embora não seja uma regra rígida, visa orientar diretrizes de saúde pública para minimizar riscos.

Como exemplo, campanhas de incentivo à prática de exercícios físicos e à alternância de posições ao longo do expediente podem ser baseadas nesses dados.

Impacto do sedentarismo no coração

Ficar sentado por longos períodos pode comprometer os músculos, essenciais para regular o açúcar e as gorduras no sangue.

Dr. Keith Diaz, da Universidade de Columbia, enfatiza a importância de pausas regulares para movimentação. Ou seja, “esticar as pernas” em meio a longos períodos sentado pode ser vital.

Dicas para reduzir riscos:

  • Levantar e caminhar a cada 30 ou 60 minutos;
  • Incorporar caminhadas curtas durante o dia;
  • Optar por escadas ao invés de elevadores;
  • Utilizar bicicletas ergométricas ou esteiras no ambiente de trabalho.

Embora exercícios regulares sejam fundamentais, eles não substituem os benefícios de evitar longos períodos de inatividade ao longo do dia. Segundo os pesquisadores, movimentar-se é crucial para a saúde.

Por fim, o estudo ressalta que, apesar de ser observacional e apresentar limitações, evidencia a necessidade de mais pesquisas sobre os efeitos do sedentarismo na saúde cardiovascular.




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