Cidades em todo o Brasil têm passado por transformações não apenas em seu desenvolvimento urbano, mas também em algo mais simbólico: seus nomes. Essas mudanças, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), afetam mais de 130 municípios brasileiros desde 1938.
A alteração dos nomes pode parecer apenas uma questão burocrática, mas, na verdade, reflete a identidade, história e cultura de suas regiões. Para muitos, o nome da cidade é uma marca que conecta seus habitantes ao passado e às tradições locais.
Em alguns casos, as modificações são pequenos ajustes ortográficos, enquanto em outros são mudanças significativas, alterando completamente a denominação original. De março de 2019 a janeiro de 2020, seis novas alterações foram registradas no Brasil.
Cidades que mudaram de nome
Algumas cidades optaram por corrigir erros de escrita, enquanto outras adotaram novos nomes devido à evolução cultural ou histórica.
Florianópolis, por exemplo, já foi conhecida por nomes como Ilha de Santa Catarina e Nossa Senhora do Desterro.
Lista de cidades com novos nomes
- Florianópolis (SC) era Ilha de Santa Catarina, Nossa Senhora do Desterro e Desterro.
- Ilhabela (SP) era Vila Bela da Princesa e Formosa.
- Luziânia (GO) era Santa Luzia.
- Iguatu (CE) era Telha.
- São Tomé das Letras (MG) era São Thomé das Letras.
- Chavantes (SP) era Xavantes.
- Eldorado do Carajás (PA) era Eldorado dos Carajás.
- Grão-Pará (SC) era Grão Pará.
- Miracema do Tocantins (TO) era Miracema do Norte.
- Campo Grande (RN) era Augusto Severo.
- Tabocão (TO) era Fortaleza do Tabocão.
- Ponta Porã (MS) era Punta Porã.
- Vinhedo (SP) era Rocinha.
- Santa Isabel do Pará (PA) era Santa Izabel do Pará.
- Senhor do Bonfim (BA) era Vila Nova da Rainha.
- São José do Rio Preto (SP) era Rio Preto e Iboruna.
- Niquelândia (GO) era São José do Tocantins.
- João Pessoa (PB) era Paraíba do Norte.
- Piumhi (MG) era Piuí.
- Atílio Vivácqua (ES) era Atílio Vivacqua.
- Presidente Bernardes (MG) era Calambau.
- Mathias Lobato (MG) era Vila Matias.
- Brasiléia (AC) era Brasília.
- Itapuã do Oeste (RO) era Jamari.
- Dona Euzébia (MG) era Dona Eusébia.
- Passa Vinte (MG) era Passa-Vinte.
- São Luís do Paraitinga (SP) era São Luiz do Paraitinga.
Impacto das mudanças toponímicas
As mudanças nos nomes das cidades são formalizadas por meio das Alterações Toponímicas Municipais. Este processo influencia bases de dados geográficas e estatísticas, como a Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE) e o Banco de Tabelas Estatísticas (SIDRA).
Um exemplo recente é Santo Antônio do Leverger, em Mato Grosso, que em 2022 foi oficialmente renomeada para Santo Antônio de Leverger. Essas alterações garantem que a história local e os novos contextos culturais sejam adequadamente representados nos documentos oficiais.
A mudança nos nomes das cidades não é apenas uma questão de adaptação, mas sim uma forma de preservar e atualizar a rica história cultural que cada localidade traz consigo. Essas transformações refletem as narrativas do lugar e seus habitantes.