Em uma operação realizada em 21 de novembro, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) apreendeu 18,75 toneladas de arroz com embalagens adulteradas em São José do Rio Preto, São Paulo. A fiscalização revelou que grãos de qualidade inferior estavam sendo vendidos como se fossem tipos superiores.
As investigações identificaram 1.332 pacotes de cinco quilos rotulados como tipo 1, mas que continham arroz tipo 5. Esses pacotes foram embalados por uma empresa em Colina, São Paulo.
Mais de 18 mil toneladas do produto são apreendidas no interior de São Paulo. (Foto: Divulgação/Mapa)
Outras apreensões da operação contra a fraude
Além da apreensão no interior de São Paulo, o Mapa encontrou outros dois lotes de arroz vendidos como tipo 1, totalizando 2.418 pacotes apreendidos porque eram tipo 3 ou estavam “fora do tipo”.
Os produtos comercializados por preços mais altos possuíam grãos picados, amarelos, quebrados e quirera (obtida durante o beneficiamento do arroz, quando os grãos quebrados são separados).
Segundo informações do ministério, o produto foi embalado por uma empresa do Rio Grande do Sul. Cerca de 12.090 quilos do alimento foram removidos das prateleiras.
Análises laboratoriais dos mercadores indicaram que um dos lotes continha até 53,54% de grãos quebrados, bem acima do limite de 7,5% exigido para a classificação tipo 1. O valor representa sete vezes o limite permitido pela legislação.
Implicações e medidas futuras
A divulgação dos nomes das empresas envolvidas acontecerá após o processo administrativo, segundo o Mapa. As empresas terão a oportunidade de defesa, mas, caso as suspeitas se confirmem, será obrigatória a substituição dos lotes irregulares.
Os produtos que não estavam classificados corretamente retornarão à fábrica para reprocesso e reprocessamento em tipo. O acompanhamento das ações será realizado por agentes fiscais de São Paulo e do Rio Grande do Sul.
O Ministério da Agricultura e Pecuária ressalta a importância de garantir a qualidade e segurança dos alimentos comercializados no Brasil.
Segundo a pasta, a fiscalização continua atenta a práticas irregulares, e sanções rigorosas serão aplicadas a companhias que atuam de forma irregular para garantir a segurança alimentar.
A operação destaca a necessidade de maior vigilância e transparência no mercado brasileiro de alimentos.