A classificação de classe social é um tópico recorrente e amplamente debatido no Brasil, sobretudo em tempos de inflação elevada. Com um cenário econômico marcado por desigualdades, entender em qual segmento cada um se encaixa gera curiosidade e questionamentos entre os brasileiros.
Afinal, uma pessoa com renda de R$ 5 mil mensais pertence a que classe social?
Essa dúvida é reforçada pelas diferentes interpretações sobre o que realmente define a classe média, essencialmente no contexto de um país tão diverso quanto o nosso.
Para responder a essa pergunta, buscamos explorar os critérios considerados para essa classificação.
Critérios que definem a classe média
A classe média se encontra no meio da pirâmide social, entre as classes baixa e alta. No Brasil, os critérios utilizados para essa classificação incluem:
- Nível educacional dos integrantes da família.
- Setor de atuação e tipo de emprego.
- Padrões de consumo e acesso a bens e serviços.
- Soma dos rendimentos de todos os membros do lar.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a classe média é composta por famílias com renda per capita entre R$ 1.926 e R$ 8.303.
Sendo assim, uma renda familiar de R$ 5 mil pode ser considerada classe média, dependendo do tamanho da família.
Desafios enfrentados pela classe média
Embora a renda de R$ 5 mil possa classificar uma família como classe média, os desafios são notáveis, especialmente em grandes centros urbanos como São Paulo e Rio de Janeiro. Nessas cidades, o custo de vida elevado pode consumir grande parte do orçamento familiar.
Além disso, investimentos constantes em educação e saúde são necessários para manter a qualidade de vida desejada por essa classe. Acesso à tecnologia e entretenimento também são aspectos que diferenciam esse grupo.
Contexto internacional
As definições de classe média variam globalmente. Nos Estados Unidos, famílias consideradas de classe média têm rendas anuais entre $ 48.500 e $ 145.500 (R$ 293 mil a R$ 879 mil), enquanto na Europa a faixa está entre € 20.000 e € 60.000 (cerca de R$ 126 mil a 380 mil).
A pandemia trouxe novos desafios para a classe média, incluindo a adaptação ao trabalho remoto e questões de infraestrutura.
Políticas públicas voltadas para a educação, saúde e inclusão digital são essenciais para fortalecer esse segmento, que também deve buscar práticas sustentáveis para garantir sua resiliência.