Refrigerante zero faz mal? Descubra a verdade sobre a bebida

Consumo de refrigerantes zero gera polêmica no contexto de dietas.



Os refrigerantes zero, inicialmente desenvolvidos para diabéticos, têm ganhado espaço em dietas para perda de peso. Essa alternativa sem açúcar conquista aqueles que buscam manter o refrigerante no cardápio mesmo durante o processo de emagrecimento.

No entanto, a eficácia dos refrigerantes zero no auxílio à perda de peso gera debates, pois especialistas divergem sobre os potenciais efeitos colaterais da bebida.

Algumas opiniões apontam para um eventual ganho de peso, ainda que indireto, no consumo do produto.

Refrigerantes zero costumam ser alternativas viáveis para muitos que estão de dieta – Imagem: reprodução/Jonny Caspari/Unsplash

A relação dos refrigerantes zero com a balança

O endocrinologista Bruno Geloneze, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), ressalta que a substituição de bebidas açucaradas pelas versões zero pode reduzir as calorias diárias.

Dois copos economizariam cerca de 300 kcal. Contudo, ele enfatiza a necessidade de mudanças alimentares mais abrangentes para um emagrecimento duradouro.

Já pesquisas sugerem que adoçantes presentes nos refrigerantes zero podem ativar mecanismos de aumento de peso. Segundo estudos da Universidade de San Diego, o corpo pode ser “enganado” por esses adoçantes, ao esperar por calorias que não chegam.

Giovanna Agostini, nutricionista, explica que tal resposta metabólica pode intensificar o desejo por carboidratos. Isso ocorre porque o corpo se prepara para digerir açúcar e, na ausência deste, anseia por fontes rápidas de energia, como pães e doces.

Outro estudo, publicado na revista Nature em 2014, explora a interação dos adoçantes artificiais com a microbiota intestinal. Os adoçantes, segundo Eran Elinav, afetam negativamente essas comunidades bacterianas, o que contribui para o ganho de peso.

Impactos a longo prazo na saúde

Além do potencial efeito no peso, os refrigerantes zero podem ter consequências de saúde a longo prazo. Geloneze classifica essas bebidas como “não alimentos”, com valor nutricional mínimo. Já Agostini alerta sobre corantes e componentes químicos associados a doenças, como:

  • Corante caramelo IV: relacionado ao câncer de fígado e pulmão;

  • Ácido fosfórico: responsável por enfraquecer ossos e dentes.

Agostini critica ainda os influenciadores que promovem refrigerantes zero sem considerar os efeitos a longo prazo. A recomendação é substituí-los por água com gás ou chás.

A decisão sobre o consumo de refrigerantes zero deve considerar tanto ganhos imediatos quanto possíveis impactos futuros. Uma abordagem equilibrada e informada é crucial para decisões alimentares conscientes e saudáveis.

* Com informações de G1.




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