A inesquecível marca de creme dental Kolynos deixou um vazio nas prateleiras brasileiras desde 1997, quando deixou de ser vendida no Brasil. Conhecida por sua qualidade e preços acessíveis, a marca conquistou o coração dos consumidores e até hoje é citada como sinônimo do produto.
Mas, afinal, o que levou ao desaparecimento de uma empresa tão querida?
Acusação de monopólio resultou na retirada da marca do mercado. (Foto: Velho Não, Antigo/Reprodução)
Originária dos Estados Unidos, a Kolynos chegou ao Brasil em 1917 e rapidamente se tornou uma das líderes do mercado de higiene bucal.
Com propagandas marcantes e embalagens nas cores verde e amarelo, capturou a atenção dos brasileiros de todas as regiões e logo virou um sucesso.
Apesar disso, a história da Kolynos no Brasil sofreu uma reviravolta em 1997. A gigante Colgate-Palmolive adquiriu a marca por cerca de R$ 2 bilhões, destinando R$ 1,3 milhão ao mercado brasileiro.
Contudo, o que parecia uma estratégia de mercado promissora se tornou um impasse.
Aquisição da Kolynos e controvérsia
Após a aquisição da empresa, os concorrentes não demoraram a agir. Um processo administrativo foi aberto no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), alegando que a fusão resultaria em um monopólio no setor, com a empresa detendo 52% do mercado nacional.
Visando evitar práticas monopolistas, o CADE decidiu pela retirada da Kolynos do mercado brasileiro. A Colgate-Palmolive, por sua vez, introduziu a marca de creme dental Sorriso, inicialmente com semelhanças visuais à sua predecessora.
Kolynos no exterior e a continuidade da Sorriso
Apesar de ter sido retirada do Brasil, a Kolynos continua a ter presença em outros países da América do Sul. Enquanto isso, a Sorriso ocupa o espaço deixado por ela no mercado nacional, adaptando-se com novas cores e estratégias.
A saída da marca deixou saudade entre os brasileiros, mas a transição atendeu ao desafio de manter a confiança dos consumidores. Assim, a história da Kolynos permanece viva na memória, mesmo após décadas de sua ausência nas prateleiras.