Em meio à busca por uma escrita mais clara e objetiva, a tautologia se destaca como um dos vícios de linguagem mais comuns. Embora o fenômeno esteja presente tanto na fala quanto na escrita, suas consequências são mais evidentes em textos escritos.
O conceito de tautologia, originado das palavras gregas “tautos” e “logos”, que significam “o mesmo” e “discurso”, respectivamente, é essencial para entender os limites da linguagem.
A repetição excessiva de ideias, frequentemente resultado de um desconhecimento do significado das palavras, constitui um pleonasmo vicioso que pode obstruir o desenvolvimento de um texto.
A presença de tautologias na escrita pode levar à impressão de que o autor está tentando impressionar com uma suposta sofisticação linguística. No entanto, o efeito é o contrário: a repetição torna o texto cansativo e ineficaz.
Para evitar essa armadilha, é crucial identificar e eliminar as redundâncias durante o processo de construção e revisão textual.
Evitar vícios de linguagem pode melhorar muito sua comunicação falada e escrita – Imagem: reprodução/Kristina Flour/Unsplash
O que é tautologia?
Definida como a repetição desnecessária de ideias, a tautologia ocorre quando uma afirmação é dita novamente, com as mesmas palavras ou não, e não acrescenta novas informações ao texto.
Entre as repetições, conhecidas como pleonasmos viciosos, que sempre devem ser evitadas, há:
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“Certeza absoluta”;
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“100% de certeza”;
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“Acabamento final”;
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“Subir para cima”;
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“Descer para baixo”;
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“Entrar para dentro”
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“Sair para fora”.
Por vezes, a redundância pode ser um recurso retórico para enfatizar uma informação ou tornar o texto mais didático. Contudo, isso ainda deve ser usado de modo ponderado para não deixar o discurso enjoativo.
Enquanto a redundância pode ser aceita em determinadas situações, especialmente na fala e nas já mencionadas, a tautologia compromete a objetividade do texto. Isso ocorre porque a repetição de ideias já expressas não enriquece a mensagem.
Portanto, para garantir clareza e precisão, é fundamental reconhecer e evitar os pleonasmos viciosos na escrita. Dessa forma, a mensagem será transmitida de maneira eficaz, sem comprometer a confiança do leitor.