A felicidade, um conceito bastante abstrato e subjetivo, torna-se ainda mais distante quanto mais intensamente a buscamos. Essa procura incessante é capaz de resultar em solidão e estresse, e, por isso, são indicadas novas perspectivas e abordagens sobre o tema.
Arthur C. Brooks, renomado professor da Universidade de Harvard e autor de livros sobre liderança e felicidade, oferece uma forma inovadora de ver o tópico. Para ele, a chave está na mudança pessoal, em que a adaptabilidade e a evolução contínua se destacam.
Ao acompanhar os pensamentos de Confúcio, que há séculos mencionou a importância da mudança para a felicidade, Brooks reforça a ideia de que a procura por uma satisfação absoluta é ilusória.
Em vez disso, tal sentimento deve ser visto como um caminho, e não um destino.
Felicidade absoluta não existe, por isso não é saudável buscá-la dessa maneira – Imagem: reprodução/Austin Schmid/Unsplash
Adaptação pessoal é a jornada para a felicidade
Em sua obra ‘Maturidade Inteligente’, Brooks explora como a evolução individual está ligada ao bem-estar, ao afirmar que conquistas passadas não garantem uma felicidade futura; assim, ele sugere que devemos abraçar as transformações que a vida nos oferece.
O autor ainda enfatiza que tal sentimento está enraizado nas relações humanas e no desenvolvimento pessoal. Por isso, ele encoraja a não se prender ao passado, mas a focar no futuro para cultivar uma existência plena e satisfatória.
Impacto das redes sociais no bem-estar existencial
De acordo com o que Brooks explica, as redes sociais e a pandemia contribuíram para uma escassez de felicidade. Ele compara as redes sociais a uma “junk food”, devido à superficialidade das interações que oferecem, enquanto a pandemia interrompeu os vínculos humanos essenciais.
Segundo o especialista, a falta de contato visual e as interações físicas prejudicam a liberação de oxitocina, algo fundamental para o bem-estar e a satisfação existencial. Por isso, restabelecer as conexões reais tornou-se vital em tempos recentes.
Assim, Arthur C. Brooks destaca que a verdadeira felicidade reside na capacidade de adaptação e mudança. Ao aceitar e promover transformações pessoais e relacionais, é possível alcançar um estado de bem-estar genuíno e duradouro.
* Com informações do portal Minha Vida.