O ano de 2025 inaugura um marco geracional: a chegada da Geração Beta. Historicamente, cada geração enfrenta desafios que refletem os contextos sociais e econômicos da época.
A Geração Silenciosa viveu os impactos das guerras mundiais, enquanto os Baby Boomers lidaram com mudanças no pós-guerra. Agora, a Geração Beta surge em um mundo transformado por tecnologias imersivas e inteligência artificial.
Essa geração será a primeira inteiramente moldada pela pandemia de Covid-19, que alterou o trabalho, a educação e a interação social. Seus desafios incluirão o equilíbrio entre inovação tecnológica e saúde mental, tema cada vez mais urgente.
Os desafios tecnológicos da Geração Beta

Com a inteligência artificial integrada a praticamente todos os aspectos da sociedade, a Geração Beta terá acesso a ferramentas que podem facilitar o aprendizado e otimizar rotinas. Desde sistemas educacionais adaptados às suas necessidades até dispositivos domésticos que simplificam tarefas, as possibilidades são amplas. Entretanto, com a dependência crescente dessas tecnologias, surgem novos desafios.
O uso excessivo de dispositivos digitais já é uma preocupação e pode intensificar problemas como ansiedade e dificuldades de concentração. Para os jovens da Geração Beta, que serão expostos desde cedo a redes sociais e plataformas virtuais, a necessidade de orientação será essencial.
Do mesmo modo, o risco de substituição de interações humanas por relacionamentos virtuais é outra preocupação.
Embora as tecnologias possam aproximar pessoas fisicamente distantes, também podem criar barreiras para conexões mais profundas. Esse é um dos maiores desafios a serem enfrentados por uma geração que nascerá conectada, mas precisará aprender a estabelecer limites saudáveis.
Saúde mental em foco
O impacto da tecnologia na saúde mental será um dos tópicos mais discutidos nos próximos anos. A Geração Beta, exposta a um fluxo constante de informações e expectativas sociais online, enfrentará pressões que podem levar a problemas como estresse, depressão e isolamento social.
Além disso, as redes sociais, embora permitam uma interação imediata, muitas vezes promovem comparações irreais, intensificando sentimentos de inadequação e ansiedade. A ciência já aponta que o excesso de tempo em plataformas digitais está associado a problemas de autoestima, algo que pode ser ainda mais evidente na rotina dessa nova geração.
Por outro lado, é preciso destacar que a mesma tecnologia também pode ser uma aliada. Ferramentas digitais já são usadas para terapias online e aplicativos que incentivam práticas de bem-estar, como meditação e exercícios físicos.
O grande desafio será educar a Geração Beta para que use a tecnologia de forma consciente e equilibrada, priorizando a saúde emocional.