O mais recente relatório do Fórum Econômico Mundial (WEF), em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC), faz uma análise abrangente das tendências que moldam o futuro do trabalho. O estudo se concentra em 55 economias e aborda o período de 2025 a 2030.
As mudanças tecnológicas emergem como fator crucial no estudo, redefinindo não só os empregos, mas também as competências exigidas dos profissionais.
A pesquisa detalha como essas tendências impactam o mercado global e oferece um panorama das habilidades que os profissionais devem ter. Ela também traça estratégias futuras para os empregadores que querem acompanhar essa evolução.
Profissões em ascensão e em declínio
O estudo identifica diversas profissões em crescimento, refletindo a crescente demanda por habilidades tecnológicas.
Enquanto engenheiros de fintech e especialistas em Big Data ganham destaque, funções tradicionais, como funcionários de serviços postais e caixas bancários, enfrentam declínio.
Carreiras que crescem rápido
- Engenheiros de Energia Renovável;
- Desenvolvedores de Software e Aplicações;
- Designers de Interface e Experiência do Usuário (UI e UX);
- Especialistas em Big Data;
- Engenheiros de Fintech;
- Engenheiro de DevOps;
- Analistas de Segurança da Informação;
- Especialistas em IA e Machine Learning;
- Especialistas em Internet das Coisas (IoT);
- Especialistas em Gestão de Segurança;
- Especialistas em Armazenamento de Dados;
- Especialistas em Veículos Elétricos e Autônomos;
- Motoristas de Serviços de Entrega;
- Analistas e cientistas de Dados.
Funções com declínio mais rápido
- Assistentes administrativos e secretárias executivas;
- Operadores de Telemarketing;
- Funcionários de Serviços Postais;
- Operadores de entrada de dados;
- Peritos de seguros, examinadores e investigadores;
- Contadores, auxiliares de contabilidade e de folha de pagamento;
- Secretárias jurídicas;
- Caixas bancários e cargos relacionados;
- Trabalhadores de impressão e cargos relacionados;
- Caixas e atendentes;
- Atendentes e condutores de transporte;
- Vendedores porta a porta, vendedores de jornal, ambulantes e cargos relacionados;
- Designers gráficos;
- Oficiais jurídicos;
- Assistentes de registro de materiais e controle de estoque.
Competências essenciais para o futuro
A necessidade de requalificação surge como uma prioridade, com 65% dos trabalhadores buscando novas competências. A flexibilidade no trabalho também é valorizada, com 76% dos profissionais preferindo opções remotas ou híbridas.
Entre as habilidades mais buscadas, destacam-se o pensamento analítico, a resiliência e a liderança. Além disso, a demanda por competências em inteligência artificial e Big Data continua a crescer, especialmente no Brasil, onde 53% dos empregadores planejam focar nessas áreas.
No contexto brasileiro, a lacuna de habilidades representa uma barreira significativa para a transformação dos negócios. Quase 90% das empresas planejam aprimorar as competências de seus funcionários, com foco em pensamento crítico e alfabetização tecnológica.
Além das demandas por profissionais qualificados, é imprescindível analisar políticas de investimento em treinamento e retenção de talentos. O país deve superar desafios relacionados à formação básica para enfrentar a transformação dos negócios até 2030.