Globo é condenada a pagar indenização a Suzane von Richthofen; entenda o caso

Globo deve pagar R$ 10 mil a Suzane von Richthofen após exibir laudo sigiloso em reportagem. Emissora ainda pode recorrer.



A Globo foi condenada a pagar R$ 10 mil a Suzane von Richthofen por divulgar um laudo psicológico sigiloso. A decisão foi mantida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), e a emissora ainda pode recorrer.

O documento foi exibido em uma reportagem de 2018, avaliando as condições de Suzane para o regime semiaberto. A defesa alegou violação de privacidade, argumentando que o material estava protegido por sigilo judicial.

Exibição do laudo psicológico de Suzane von Richthofen

O laudo analisou o comportamento de Suzane e concluiu que ela não representava perigo para a sociedade. No entanto, o documento também indicava traços de manipulação e agressividade disfarçada.

A defesa afirmou que a divulgação do material violou direitos individuais e ultrapassou a função informativa da imprensa. O desembargador Rui Cascaldi destacou que, apesar da notoriedade do caso, Suzane ainda possui direitos individuais.

Recurso da Globo e cumprimento da pena

Suzane foi condenada a 34 anos e 7 meses pelo assassinato dos pais em 2002. O crime foi cometido com a ajuda do então namorado, Daniel Cravinhos, e do irmão dele, Cristian Cravinhos.

Atualmente, Suzane cumpre pena em regime aberto e solicitou que a indenização fosse paga até o fim de 2024. A Globo, no entanto, recorreu novamente às instâncias superiores. A emissora já havia perdido em primeira e segunda instâncias.

Quem é Suzane von Richthofen?

Suzane von Richthofen ficou nacionalmente conhecida após planejar e participar do assassinato dos pais, Manfred e Marísia von Richthofen, em outubro de 2002.

O crime ocorreu na casa da família, em um bairro nobre de São Paulo, e foi motivado por disputas familiares e interesses financeiros.

Condenada pelo assassinato dos pais em 2002, Suzane von Richthofen cumpre pena em regime aberto. (Foto: Reprodução)

O julgamento de Suzane aconteceu em 2006, e ela foi condenada a uma das penas mais longas já aplicadas a uma mulher no Brasil.

O caso teve grande repercussão na mídia e gerou debates sobre manipulação psicológica e violência familiar. Mesmo após décadas, sua história continua despertando interesse público.

Desde que passou para o regime semiaberto, Suzane tenta reconstruir sua vida fora da prisão. Em 2023, ela foi autorizada a cumprir a pena no regime aberto e mantém uma vida mais reservada.

*Com informações de F5.




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