No Brasil, o cenário educacional e profissional é dinâmico e desafiador. Com constantes transformações no mercado de trabalho, muitos estudantes se preocupam com a empregabilidade após a graduação.
Recentemente, um levantamento do Instituto Semesp e da Workalove trouxe dados relevantes sobre as graduações que enfrentam mais dificuldades de inserção no mercado.
Entre 9 de agosto e 1º de setembro de 2024, a pesquisa focou na empregabilidade dos formados no ensino superior.
Os dados coletados evidenciaram preocupações quanto aos cursos com maiores índices de desemprego, o que destaca a necessidade de soluções estratégicas para esses profissionais.
Desemprego, apesar disso, teve queda no país e alcançou menor taxa da história em 2024, com 6,6% – Imagem: reprodução/Shutterstock
Principais cursos com dificuldades de emprego
A pesquisa apontou que cursos como História, Relações Internacionais e Serviço Social lideram a lista de desemprego.
Aspectos como desvalorização da carreira, falta de vagas públicas e condições precárias de trabalho são fatores críticos. As taxas de desemprego variam entre 31,6% e 17,5%; confira:
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História: 31,6%
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Relações Internacionais: 29,4%
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Serviço Social: 28,6%
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Radiologia: 27,8%
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Enfermagem: 24,5%
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Química: 22,2%
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Nutrição: 22%
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Logística: 18,9%
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Agronomia: 18,2%
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Estética e Cosmética: 17,5%
A maioria dos graduados participantes são jovens, com idade até 34 anos, e formados há menos de três anos. Além disso, 53,3% se identificam como mulheres cisgênero, contra 38,3% de homens cisgênero.
Cursos com alta empregabilidade
Em contraste, Medicina, Farmácia e Odontologia se destacam pela alta empregabilidade. A demanda por profissionais nessas áreas é intensa, o que faz com que a relação entre oferta e procura seja mais favorável para esses cursos; confira os resultados:
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Medicina: 92%
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Farmácia: 80,4%
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Odontologia: 78,8%
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Gestão da Tecnologia da Informação: 78,4%
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Ciência da Computação: 76,7%
Fatores e estratégias para a empregabilidade
A procura por profissionais e a valorização social das carreiras são fatores determinantes para a empregabilidade. Cursos com alta demanda, como Medicina, têm taxas mais altas de emprego. Já áreas desvalorizadas enfrentam mais dificuldades.
Para melhorar a inserção profissional, investir em educação continuada e habilidades complementares é crucial. Desenvolvimento em tecnologia, gestão e idiomas pode diferenciar os profissionais, além de construir uma rede de contatos robusta consegue abrir novas oportunidades.