A temporada de declaração do Imposto de Renda de 2025 iniciou na segunda-feira, 17 de março, com prazo final em 30 de maio. Com o objetivo de evitar problemas com a Receita Federal (RF), é crucial que os contribuintes se atentem aos erros mais comuns cometidos ao declarar.
A malha fina é um processo de revisão da Receita Federal, no qual as declarações são analisadas para garantir que as informações fornecidas estejam corretas. Discrepâncias entre os dados declarados e os registros de empresas e outras entidades podem levar a uma análise detalhada.
5 erros comuns ao fazer a declaração de Imposto de Renda
A declaração do Imposto de Renda é frequentemente associada apenas ao pagamento de tributos. Contudo, ela desempenha um papel mais abrangente na vida financeira dos brasileiros. Além de declarar os rendimentos, a declaração auxilia os cidadãos e o governo a monitorarem o crescimento do patrimônio.
Os dados fornecidos na declaração revelam os bens adquiridos ao longo do último ano, o que abrange desde imóveis até veículos e títulos. Tal acompanhamento é crucial para que o contribuinte mantenha controle sobre suas finanças. Assim, a declaração se torna uma ferramenta valiosa para a gestão patrimonial.
A seguir, conheça os cinco erros mais comuns na declaração de IR e como evitá-los.
Receita Federal avalia declaração a fim de descobrir crimes financeiros e de outro tipo, além de analisar o crescimento do patrimônio dos brasileiros – Imagem: Gov.br
1. Despesas médicas: atenção aos detalhes
Ao declarar despesas médicas, é fundamental garantir que todas as informações sejam comprovadas por documentos, que devem ser mantidos por pelo menos cinco anos. Itens como medicamentos e vacinas não são dedutíveis; apenas despesas com clínicas e hospitais autorizados são aceitas pela Receita.
2. Doações e seus requisitos
Nem todas as doações são passíveis de dedução. Para serem contempladas, devem ocorrer dentro do ano-calendário e ter comprovantes válidos. Doações feitas diretamente na declaração podem destinar até 3% do imposto devido a fundos específicos.
3. Rendimentos acumulados
Contribuintes que recebem valores acumulados de processos judiciais devem prestar atenção ao preenchimento correto da declaração. Informar os montantes acumulados e o imposto devido é essencial para evitar inconsistências e possíveis problemas com a Receita Federal.
4. Omissão de trabalhos eventuais
Serviços eventuais, como freelances, devem ser declarados integralmente. Subnotificar ou esquecer de declarar tais rendimentos tende a resultar em retenção na malha fina e complicações futuras.
5. Previdência privada e aluguéis
Rendimentos de aluguel e previdência privada são frequentemente esquecidos na declaração. Aluguéis pagos por pessoas jurídicas devem ser informados como “Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica”. Já os pagos por pessoas físicas precisam ser lançados em “Rendimentos Recebidos de Pessoa Física ou do Exterior”.
Contribuintes que seguirem essas diretrizes aumentarão suas chances de evitar a temida malha fina, garantindo um processo de declaração mais tranquilo e sem surpresas indesejadas.