Fim dos arco-íris? Entenda por que eles podem sumir até 2100

Mudanças climáticas podem tornar os arco-íris mais raros no Brasil, de acordo com estudo da Universidade de Nova York.



As mudanças climáticas podem afetar diretamente a frequência dos arco-íris em diversas partes do mundo, aponta um estudo da Universidade de Nova York, nos EUA, que foi divulgado pela agência Associated Press (AP).

De acordo com os pesquisadores, até 2100, a redução nas chuvas e a alteração nos padrões de precipitação podem diminuir a ocorrência do fenômeno em países como o Brasil, regiões do Mediterrâneo e partes da África Central.

O levantamento sugere que áreas tradicionalmente secas poderão se tornar ainda mais áridas, reduzindo a umidade necessária para a formação do arco-íris.

Por outro lado, locais que hoje registram grande quantidade de neve, como o Alasca, podem apresentar aumento na frequência do fenômeno devido a uma possível elevação das chuvas nos próximos anos.

Relação entre clima e arco-íris

As cores vibrantes do arco-íris surgem da refração da luz solar nas gotas de chuva, criando um espetáculo natural único. (Foto: lPMaesstro/Getty Images Pro)

Os arco-íris surgem quando a luz do sol atravessa gotas de água suspensas na atmosfera, resultando em um efeito óptico que separa as cores do espectro visível. A combinação entre sol e chuva é essencial para a sua formação, tornando o fenômeno especialmente sensível às mudanças climáticas.

Com menos chuvas ou precipitações diferentes, a tendência é que algumas regiões vejam menos arco-íris ao longo das décadas.

Pesquisadores também acompanham os impactos no Havaí, um dos locais com o maior número de arco-íris registrados anualmente. O estado norte-americano se destaca por condições climáticas favoráveis ao fenômeno e pela forte ligação cultural com suas cores. Entretanto, alterações nos padrões atmosféricos podem mudar essa dinâmica ao longo do século.

Outros impactos das mudanças climáticas

A redução dos arco-íris é apenas um dos diversos efeitos estudados por cientistas ao redor do mundo. Além da mudança no regime de chuvas, o aumento da temperatura global tem sido associado a eventos extremos, como secas prolongadas, tempestades mais intensas e variações na biodiversidade.

No Brasil, por exemplo, a alteração no volume das precipitações pode afetar desde a produção agrícola até a disponibilidade de água em determinados períodos. As projeções climáticas indicam que algumas regiões podem enfrentar chuvas mais irregulares, enquanto outras terão aumento na ocorrência de tempestades, fenômenos que, por sua vez, impactam a visibilidade e formação dos arco-íris.

Com essas transformações no clima, pesquisadores seguem monitorando os padrões atmosféricos e seus desdobramentos, analisando como fenômenos naturais poderão se comportar ao longo das próximas décadas.




Voltar ao topo

Deixe um comentário