A busca pela felicidade na vida adulta pode estar relacionada à idade em que se decide ter filhos. Um estudo recente, conduzido pela revista Psychology and Aging, acompanhou 562 pessoas desde a juventude até a maturidade e revelou correlações.
Os resultados sugerem que a estratégia de vida adotada na juventude, em especial com relação a ter ou não filhos, pode ter um impacto significativo na satisfação pessoal futura.
A adaptação e redefinição de objetivos pessoais surgem como fatores cruciais para o bem-estar emocional.
Ter filhos pode prejudicar ou otimizar o bem-estar, conforme a idade dos pais no momento da concepção – Imagem: Daniel Duarte/Pexels
Idade ideal para ter filhos
A pesquisa não estabelece uma idade específica como a perfeita para ter filhos, mas destaca que diversos fatores podem influenciar a decisão. Questões biológicas, psicológicas, sociais e econômicas são determinantes na hora de decidir pelo momento certo para a chegada dos pequenos.
As mulheres, por exemplo, apresentam maior fertilidade entre os 20 e os 30 anos, embora a medicina moderna permita gestações saudáveis até os 40 anos. Para os homens, a qualidade do esperma diminui com o tempo. Emocionalmente, ter filhos entre os 30 e os 40 anos pode trazer mais estabilidade.
Tornar-se mãe ou pai mais cedo pode significar mais energia física para acompanhar as crianças, enquanto pais mais velhos tendem a ter mais segurança financeira e maturidade. Cada uma dessas situações tem suas vantagens e desvantagens, que devem ser ponderadas pelos futuros pais.
Redefinição de prioridades para o bem-estar
É comum que as pessoas ajustem suas prioridades ao longo da vida. O estudo indica que essa flexibilidade pode ser um dos alicerces para uma vida adulta mais satisfatória, independentemente da ausência ou presença de filhos.
-
Pessoas que aceitam a possibilidade de não serem pais experimentam mais satisfação na maturidade;
-
Manter o desejo de ser pai ou mãe sem realizá-lo pode resultar em solidão e descontentamento;
-
Homens e mulheres que se tornaram pais relataram menor solidão na velhice em comparação com mulheres e homens sem filhos.
A relação entre a idade para ter filhos e a felidade já foi explorada anteriormente. Estudos mostram que a qualidade das relações familiares tem mais impacto na satisfação do que a parentalidade em si. Além disso, a presença de suporte social e financeiro consegue alterar a experiência de ter filhos.
Compreender como a idade impacta a decisão de ter filhos e a felicidade decorrente dessa escolha permite que cada pessoa faça suas próprias ponderações sobre o assunto.
