A língua portuguesa é cheia de particularidades que podem gerar dúvidas, e uma delas envolve o uso das palavras impresso e imprimido. Ambas existem, mas são aplicadas em contextos diferentes. Compreender essa distinção é essencial para evitar erros na escrita e na fala.
A principal diferença entre as duas formas está no contexto gramatical. “Impresso” é o particípio irregular do verbo imprimir e deve ser utilizado com os verbos auxiliares ser e estar.
Já “imprimido” é o particípio regular e aparece com os verbos auxiliares ter e haver.
Quando usar ‘impresso’ e ‘imprimido’?
A forma impresso é mais comum em contextos formais e aparece em frases que utilizam ser ou estar, como nos exemplos:
- O documento foi impresso na gráfica.
- Os convites estavam impressos quando os convidados chegaram.
Já “imprimido” segue a regra dos particípios regulares e é utilizado com os verbos ter e haver.
- Ela tinha imprimido todas as provas antes do prazo.
- Eles haviam imprimido os relatórios para a reunião.
Ambas as formas estão corretas, desde que respeitem os contextos adequados. No entanto, na linguagem cotidiana e formal, “impresso” é muito mais utilizado.
Outras confusões comuns no português
Assim como ocorre com impresso e imprimido, outros verbos também apresentam dois particípios, um regular e outro irregular. Alguns exemplos são:
Pagar → Pago (irregular) e Pagado (regular)
- O aluguel foi pago ontem.
- Ele tinha pagado todas as contas antes da viagem.
Ganhar → Ganho (irregular) e Ganhado (regular)
- O prêmio foi ganho por um jovem escritor.
- Ele tinha ganhado várias competições antes dessa.
Como não errar mais?

Uma das formas mais eficazes de evitar erros no uso dos particípios é prestar atenção aos verbos auxiliares. Sempre que a construção exigir ser ou estar, o particípio irregular deve ser utilizado, como em “O relatório foi impresso”. Já com ter e haver, a forma regular é a mais adequada, como em “Ela tinha imprimido os documentos antes da reunião”.
Criar o hábito de ler e escrever com frequência também ajuda a fixar o uso correto das palavras. Observar como esses termos aparecem em textos formais, notícias e livros pode tornar mais natural o reconhecimento da forma certa. Além disso, consultar dicionários e gramáticas em momentos de dúvida evita que o erro se torne um vício de linguagem.
Por fim, outra estratégia útil é praticar com frases do cotidiano e associar as regras a exemplos concretos. Montar pequenas listas com verbos que possuem dois particípios e revisá-las de tempos em tempos pode ajudar na memorização.