Muitas pessoas se preocupam em manter a alimentação dos seus cães saudável, mas esquecem de um detalhe fundamental: a higienização da tigela onde os pets comem.
Uma pesquisa realizada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, revelou que não lavar o recipiente com frequência pode aumentar a proliferação de bactérias prejudiciais à saúde dos animais e dos humanos.
O estudo, publicado na revista Plos One, analisou os impactos da falta de higiene das tigelas para cães e os riscos que isso representa para as famílias. Os pesquisadores descobriram que a contaminação pode chegar a níveis semelhantes ao de banheiros.
Contaminação das tigelas e riscos para humanos
A pesquisa envolveu 417 tutores de cães, que responderam questionários sobre a limpeza das vasilhas. Para aprofundar a análise, um experimento foi conduzido com 68 participantes, divididos em três grupos, onde cada um seguiu protocolos diferentes de higienização.
Os resultados mostraram que apenas 12% dos tutores lavam as tigelas diariamente, enquanto 22% fazem isso uma vez por semana e 18% a cada três meses ou nunca.
O levantamento também revelou que 43% dos tutores armazenam os alimentos dos pets a menos de 1,5 metro de distância dos alimentos humanos, e 33% preparam a comida do cão no mesmo local usado para cozinhar sua própria refeição. Essas práticas elevam significativamente o risco de contaminação cruzada.
Bactérias perigosas e doenças associadas
Entre os principais micro-organismos encontrados nas tigelas sujas estão salmonela e listeria, bactérias que podem causar infecções graves. De acordo com o estudo, os sintomas mais comuns associados a essas infecções incluem diarreia, febre, náuseas, cólicas e dores estomacais.
Os pesquisadores alertam que esses efeitos podem ser ainda mais severos em pessoas com sistema imunológico enfraquecido, como idosos e gestantes.
Da mesma forma, os cães também correm riscos, já que o contato frequente com essas bactérias pode afetar sua saúde digestiva e bem-estar geral.
Como higienizar corretamente a tigela do pet

O estudo também analisou diferentes métodos de limpeza e concluiu que lavar a tigela com água quente e sabão diariamente é a forma mais eficaz de reduzir a contaminação. Outras práticas também ajudam a manter um ambiente mais seguro:
- Lavar as mãos antes e depois de manusear a comida do pet para evitar a transmissão de bactérias.
- Não armazenar a ração perto de alimentos humanos, reduzindo o risco de contaminação cruzada.
- Evitar usar a mesma esponja para lavar a tigela do cão e os utensílios de cozinha, prevenindo a propagação de germes.
A pesquisa reforça que, assim como higienizamos nossos pratos diariamente, o mesmo cuidado deve ser aplicado aos recipientes dos animais. Essa prática simples pode evitar doenças e garantir uma convivência mais saudável entre tutores e seus pets.