Quando começaram as ‘zoeiras’ de 1º de abril, Dia da Mentira?

Mudança de calendário durante o Renascentismo gerou pegadinhas de 1º de abril.



O Dia da Mentira, celebrado em 1º de abril, é conhecido mundialmente por suas “pegadinhas” e brincadeiras. Porém, de onde vem essa tradição? A história tem raízes que se entrelaçam com mudanças no calendário e disputas religiosas.

A crença de que a Terra é plana, uma famosa e já antiga mentira, é frequentemente lembrada nessa data. No entanto, (quase) todos sabemos que nosso planeta é uma esfera que gira em torno do Sol, ao completar um ciclo de 365 dias, 5 horas e 48 minutos.

Além dessa, outras teorias da conspiração são muito vinculadas ao Dia da Mentira; entenda melhor a seguir!

Pegadinhas de 1º de abril começaram devido a uma confusão no calendário – Imagem: Schwerdhoefer/Pixabay

Qual a origem do Dia da Mentira?

Para chegar a essa resposta, temos de começar com a rotação da Terra ao redor do Sol. Esse movimento de translação define o ano, mas as horas adicionais complicam a contagem dos dias. Para ajustar essa diferença, o calendário gregoriano introduziu o ano bissexto, adicionando um dia a cada quatro anos.

Contudo, nem todos os anos que são múltiplos de 4 são bissextos. Anos seculares, como 2100, 2200 e 2300, não terão o 29 de fevereiro, exceto se forem múltiplos de 400, como o ano 2400.

O início do ano confundiu o pessoal

Historiadores apontam que o equinócio de março foi um marco para o início do ano, pois coincide com o equinócio de primavera no Hemisfério Norte. Rômulo, fundador de Roma, iniciou o calendário com o mês de Martius.

Desde então, diferentes estilos marcaram o ano novo: “Estilo da Anunciação”, em março, ou “Estilo da Natividade”, no Natal. Contudo, o “Estilo da Circuncisão”, adotado por Roma, celebra o ano novo em 1º de janeiro.

Mas quando começou a “zoeira”, afinal?

Já em 1564, Carlos IX, da França, ordenou que o ano começasse em 1º de janeiro, conforme o calendário juliano de Júlio César. Porém, muitos católicos mantinham as celebrações em 25 de março, conforme o calendário eclesiástico.

A divergência deu início às hostilidades e, eventualmente, às brincadeiras de 1º de abril, data que inicia o mês seguinte ao dia 25 de março. A reforma gregoriana de 1582, por Gregório XIII, unificou o início do ano civil e eclesiástico, mas a “zoeira” e as mentiras propositais persistem até hoje.

A tradição foi exportada ao mundo e consolidou o dia 1º de abril como o Dia da Mentira, uma data que, ironicamente, remete à verdade sobre os calendários e à rotação da Terra em torno do Sol.




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