Selic sobe e brasileiros sentem no bolso: o que fica mais caro?

Selic subiu para 14,25%, tornando crédito e financiamentos mais caros. Veja como isso afeta seu orçamento.



A taxa básica de juros da economia brasileira voltou a subir. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, na quarta-feira (19), elevar a Selic para 14,25% ao ano, o maior patamar desde 2016. O objetivo da medida é conter a inflação, que segue acima da meta, e seus efeitos vão além dos números, atingindo diretamente o dia a dia da população.

Com os juros mais altos, o crédito fica mais caro, investimentos de renda fixa se tornam mais atrativos e o consumo tende a desacelerar. Enquanto algumas pessoas podem se beneficiar com a mudança, outras sentirão o impacto no orçamento. Mas, afinal, como essa nova taxa afeta o bolso dos brasileiros na prática?

Crédito mais caro e consumo mais baixo

Selic sobe para 14,25% e torna crédito e financiamentos mais caros para os brasileiros. (Foto: Reprodução)

Para quem precisa de financiamento, empréstimos ou até mesmo parcelar compras no cartão de crédito, a alta da Selic traz desafios. Com a taxa maior, os bancos e instituições financeiras repassam o aumento, tornando o crédito mais caro. Isso significa que a compra de um carro, a aquisição de um imóvel ou até mesmo um simples parcelamento na fatura do cartão pode sair bem mais caro.

O impacto também se reflete no consumo. Com juros altos, as pessoas tendem a reduzir gastos, priorizando apenas o essencial. Setores que dependem do crédito, como o mercado imobiliário e a indústria automobilística, podem enfrentar uma queda na demanda, impactando diretamente no crescimento econômico.

Por outro lado, essa desaceleração do consumo faz parte da estratégia para conter a inflação. Com menos dinheiro circulando, os preços tendem a subir de forma mais controlada. No entanto, o efeito não é imediato e pode levar alguns meses para ser sentido de forma mais ampla na economia.

Investimentos mais rentáveis na renda fixa

Enquanto o crédito fica mais caro, quem tem dinheiro guardado pode ver oportunidades surgindo. Com a Selic mais alta, aplicações de renda fixa, como CDBs, Tesouro Direto e fundos DI, passam a render mais. Isso torna essas opções mais atrativas em comparação a investimentos de maior risco, como ações e fundos imobiliários, que podem perder espaço no momento.

O movimento já era esperado por investidores que acompanham o mercado. Quando os juros sobem, muitos preferem aplicar seu dinheiro em opções mais seguras, aproveitando a rentabilidade garantida sem precisar se arriscar. Para quem busca formas de aumentar o patrimônio, a Selic alta pode ser uma boa notícia.

No entanto, é importante considerar a inflação no cálculo da rentabilidade. Se os preços continuarem subindo em ritmo acelerado, o ganho real dos investimentos pode ser menor do que o esperado. Por isso, recomenda-se a diversificação na hora de investir.

O que fica mais caro com a alta da Selic?

Além do crédito e dos financiamentos, outras áreas do dia a dia também sentem os efeitos da Selic mais alta.

Um dos setores mais afetados é o de aluguéis, já que muitos contratos são corrigidos pelo IGP-M, índice que sofre impacto indireto da taxa de juros. Ou seja, quem mora de aluguel pode sentir no bolso a pressão da alta.

As compras parceladas também ficam mais pesadas. Com juros mais altos, itens como eletrodomésticos, eletrônicos e móveis podem se tornar menos acessíveis para quem financia. O mesmo vale para serviços como cursos e mensalidades escolares, que costumam ser reajustados de acordo com o cenário econômico.

Até mesmo as contas do dia a dia podem sofrer reajustes. Tarifas bancárias, seguros e planos de saúde tendem a acompanhar o cenário de alta dos juros. Por isso, com a Selic em 14,25%, o momento exige planejamento para evitar surpresas no orçamento nos próximos meses.




Voltar ao topo

Deixe um comentário