O consumo diário de vinho tinto já foi associado a benefícios para a saúde, especialmente à proteção cardiovascular. Essa ideia se popularizou com base na presença de compostos antioxidantes da uva, como o resveratrol. No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que não há uma quantidade segura de álcool para o organismo humano.
O etanol — substância presente no vinho e em outras bebidas alcoólicas — está relacionado a um risco aumentado de mais de 200 doenças, incluindo câncer, hipertensão e problemas hepáticos. Além disso, o consumo regular pode impactar o metabolismo, comprometer a absorção de nutrientes e afetar a qualidade do sono.
O mito do vinho para o coração
Durante décadas, o chamado “paradoxo francês” sustentou a teoria de que o consumo moderado de vinho tinto poderia reduzir o risco de doenças cardíacas. A hipótese se baseava na baixa incidência de problemas cardiovasculares na França, mesmo com uma dieta rica em gorduras.
No entanto, pesquisas posteriores indicaram que outros fatores do estilo de vida, como alimentação equilibrada e prática de exercícios físicos, têm papel mais relevante na proteção do coração. A ingestão frequente de álcool, por outro lado, pode aumentar a pressão arterial e favorecer o desenvolvimento de problemas hepáticos a longo prazo.
Os compostos benéficos do vinho, como os polifenóis, podem ser obtidos de outras fontes, como frutas vermelhas e suco de uva integral, sem a necessidade de consumir álcool. Apesar disso, a tradição do consumo de vinho continua forte em diversas culturas, especialmente em momentos de celebração e confraternização.
Qual vinho escolher para cada ocasião?

Para quem aprecia a bebida, a escolha do vinho pode variar conforme a ocasião. Tintos encorpados, como Cabernet Sauvignon e Malbec, harmonizam bem com carnes vermelhas e pratos mais robustos. Já os brancos leves, como Sauvignon Blanc e Chardonnay, combinam melhor com frutos do mar e saladas.
Para momentos de celebração, espumantes como Champagne e Prosecco costumam ser as escolhas mais frequentes, enquanto vinhos suaves e de sobremesa, como o Vinho do Porto, são boas opções para acompanhar doces e queijos especiais.
Embora o vinho faça parte da cultura gastronômica de diversos países, seu consumo requer moderação. Mesmo em pequenas quantidades, o álcool pode trazer impactos à saúde. Por isso, recomenda-se cautela ao incluí-lo na rotina alimentar e atenção redobrada aos hábitos de consumo.