Você consegue imaginar um mundo sem Coca-Cola? Para muita gente, é difícil. Afinal, a bebida está presente em mais de 200 países e faz parte do dia a dia de milhões de pessoas. Seja pelo sabor, tradição ou pela imagem da marca, ela parece estar em todos os lugares.
Entretanto, o refrigerante mais famoso do planeta simplesmente não é comercializado em dois países. E não estamos falando de lugares remotos ou ilhas isoladas.
Trata-se de Cuba e Coreia do Norte — nações onde a Coca-Cola, por razões políticas e históricas, não tem vez nas prateleiras.
Cuba e a ruptura com a Coca-Cola

No caso de Cuba, a bebida até chegou a ser fabricada no país. Havia uma fábrica da Coca-Cola em funcionamento no início do século passado. Porém, após a Revolução Cubana e a chegada de Fidel Castro ao poder em 1959, a produção foi interrompida.
A razão por trás disso está nas sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos, que proíbem empresas americanas de negociar com o país.
Como a Coca-Cola é uma empresa estadunidense, está incluída na restrição. Desde então, nenhuma companhia dos EUA pode comercializar seus produtos em território cubano — e não há previsão para que isso mude.
Coreia do Norte e o peso das sanções internacionais
Já na Coreia do Norte, a ausência do refrigerante tem relação direta com a Guerra da Coreia, que aconteceu entre 1950 e 1953. O conflito separou o país em dois: ao norte, uma nação aliada da então União Soviética; ao sul, um governo alinhado aos Estados Unidos.
Assim, desde então, as relações entre norte-coreanos e americanos foram marcadas por embargos, restrições políticas e sanções comerciais.
Como a Coca-Cola representa um ícone do capitalismo norte-americano, ela acabou se tornando um símbolo proibido. Todas as tentativas de comercialização entre os dois países foram suspensas por décadas, e o refrigerante jamais chegou a se estabelecer no país asiático.
Nem mesmo após o fim da guerra houve retomada das vendas — a bebida segue banida até hoje.
Outros países já passaram pelo mesmo
Apesar de atualmente estar disponível em quase todo o planeta, a Coca-Cola também já foi restrita em outras nações. Myanmar (antiga Birmânia), por exemplo, ficou sem o refrigerante por décadas, também devido a sanções dos EUA. A situação só foi revertida em 2012, quando as relações diplomáticas foram retomadas.
Esses episódios mostram como uma bebida aparentemente simples pode carregar significados profundos e até mesmo se tornar um símbolo de disputas políticas e econômicas entre nações.
Portanto, mais do que um refrigerante popular, a Coca-Cola pode refletir o cenário geopolítico de determinados períodos. Seu consumo — ou a ausência dele — revela como decisões políticas e diplomáticas influenciam até mesmo aquilo que parece fazer parte do cotidiano de forma universal.