[ALERTA DE GATILHO: este conteúdo abriga tópicos e imagens que podem causar incômodo em pessoas sensíveis a padrões com formas similares e buracos agrupados em um mesmo espaço.]
Nosso corpo está programado para responder a ameaças com reações defensivas, mas algumas respostas extrapolam tal propósito e se tornam as famigeradas fobias. Entre estas, destaca-se a tripofobia, uma intensa aversão a padrões de pequenos buracos ou formas geométricas.
Apesar de não ser reconhecida no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), a tripofobia provoca reações físicas e emocionais intensas em muitos indivíduos.
Mas o que faz essa fobia gerar tamanha repulsa e mal-estar em quem a vivencia?
Favo de mel é uma dos padrões que costuma causar desconforto em pessoas com tripofobia – Imagem: Cristina Marin/Unsplash
O que é tripofobia?
A tripofobia é definida como o desconforto ou aversão ao observar padrões repetitivos, como colmeias e sementes de lótus. A reação negativa pode ser uma resposta evolutiva, que associa essas imagens a potenciais ameaças, como animais venenosos e doenças.
A hipótese de que a tripofobia é um mecanismo de defesa biológico ainda não é um consenso científico. Outra teoria ainda liga a resposta a uma sobrecarga sensorial, capaz de ativar áreas cerebrais relacionadas ao medo.
Os sintomas da tripofobia variam de leve incômodo a reações intensas, como calafrios, suor excessivo e aumento da frequência cardíaca, em casos graves, podem ocorrer até crises de ansiedade. Os gatilhos diferem entre pessoas e abrangem objetos inanimados e elementos orgânicos.
Identificar a tripofobia é desafiador, pois as reações variam em intensidade. O principal critério é o impacto na vida diária. Se a aversão impede atividades ou causa sofrimento, buscar ajuda profissional é o mais recomendado.
Tratamentos e abordagens da fobia
Sem uma cura específica, a tripofobia pode ser manejada com terapia cognitivo-comportamental (TCC), que foca em reduzir a ansiedade e dessensibilizar gradualmente o indivíduo. Estratégias de respiração e relaxamento também são úteis para minimizar os efeitos da fobia.
Ao buscar tratar a tripofobia, a orientação de profissionais de saúde mental é indispensável para o controle dos sintomas e a melhoria da qualidade de vida de quem sofre com tal condição.