O pavão é uma das aves mais conhecidas do mundo por sua beleza exuberante. Com cauda longa, colorida e cheia de detalhes chamativos, é facilmente associado à elegância, à ostentação e aos elaborados rituais de corte.
Mas uma dúvida comum surge sempre que o assunto aparece: como se chama a fêmea do pavão? Apesar de muita gente usar o termo “pavão-fêmea”, essa não é a forma mais adequada.
Há, sim, um nome específico para designar o sexo feminino da espécie.
O feminino de pavão é pavoa

De acordo com convenções linguísticas e registros em dicionários da língua portuguesa, o termo correto para a fêmea do pavão é pavoa. Assim como ocorre com outras aves, como galo e galinha ou pato e pata, macho e fêmea recebem nomes distintos.
A confusão é comum, já que a palavra pavoa é pouco usada no dia a dia, mesmo por quem lida com essas aves. Em algumas regiões, ainda se ouve “pavão-fêmea” como alternativa informal. No entanto, em contextos formais ou científicos, o uso de “pavoa” é o mais indicado.
E o plural de pavoa?
Se o singular já levanta dúvidas, o plural também pode causar confusão. Nesse caso, não há segredo: o plural de pavoa é pavoas, com o “s” no final, seguindo a mesma regra de substantivos femininos terminados em “a”.
A grafia e a pronúncia seguem naturalmente a norma-padrão da língua portuguesa. Assim como se diz “as galinhas” ou “as patas”, o correto é “as pavas”.
Essa forma plural, embora menos usada no cotidiano, aparece em registros formais da língua. Seu uso contribui para a precisão na comunicação, especialmente em contextos educativos, científicos ou jornalísticos que tratam das diferenças entre machos e fêmeas da espécie.
Diferenças visuais entre o pavão e a pavoa
O pavão macho é o que mais se destaca visualmente. Suas penas brilhantes, que refletem tons de verde, azul e dourado, compõem uma cauda imponente em forma de leque — arma que ele usa para conquistar a atenção das fêmeas durante o período de reprodução.
A pavoa, por outro lado, apresenta plumagem mais discreta, em tons de marrom, com penas curtas e opacas. Essa diferença não é apenas estética: a coloração mais neutra ajuda na camuflagem, especialmente quando ela precisa proteger os ovos ou cuidar dos filhotes.
Esse contraste entre exuberância e discrição revela funções distintas dentro do ciclo de reprodução da espécie, com cada um desempenhando um papel essencial para a continuidade da vida.
Comportamento também difere entre macho e fêmea
Além do visual, o comportamento também distingue as aves. O pavão costuma adotar posturas expansivas e exibicionistas, abrindo a cauda e emitindo sons para atrair a fêmea. Já a pavoa age de forma mais reservada, observando e escolhendo o parceiro com base em critérios como simetria das penas, intensidade das cores e vigor físico.
Após o acasalamento, é ela quem assume a responsabilidade pela incubação e pelo cuidado dos filhotes. Por esse motivo, tende a evitar exposição excessiva, mantendo-se mais protegida de predadores.
A dinâmica entre pavão e pavoa mostra como a natureza equilibra beleza, função e adaptação. Cada um com seu papel, ambos representam a riqueza da vida animal — e agora, também, o uso correto dos nomes que os definem.