Após a cerimônia do Oscar 2025, realizada no último dia 27 de março, uma questão linguística voltou a despertar a atenção. Afinal, qual é o plural correto da palavra “Oscar”?
Este nome próprio, semelhante a outras marcas que se tornam comuns, suscita dúvidas entre especialistas e leigos. Enquanto algumas palavras como “gilete” se adaptam facilmente ao português, “Oscar” permanece como uma distinção única no universo cinematográfico.
A questão do plural em nomes próprios estrangeiros, como “Oscar”, causa divergências entre gramáticos. Alguns defendem a aplicação da regra da língua original, enquanto outros aceitam uma adaptação à moda portuguesa.
Assim, a alternativa mais comum tem sido usar “Oscars” à maneira inglesa. Contudo, o uso de “óscares” com sotaque português também tem sua parcela de adeptos.
Considerações linguísticas e culturais
O Vocabulário Oficial da Língua Portuguesa (VOLP) já reconhece “óscar” como substantivo comum, facilitando a formação de seu plural. Entretanto, a resistência a essa adaptação persiste.
No Brasil, o uso predominante de “Oscar” no singular reflete a tradição de manter o nome na forma original inglesa.
Contextos de uso e adaptações
Em Portugal, por exemplo, a forma “óscares” é amplamente aceita. Contudo, jornalistas brasileiros preferem evitar a questão do plural ao se referirem a múltiplas premiações.
A expressão “duas estatuetas” é frequentemente utilizada como alternativa mais neutra e segura.
Paralelos com outras expressões
A transformação de certos nomes próprios em substantivos comuns não é inédita na língua portuguesa. Termos como “havana”, referindo-se a charutos, e “nobel”, referente ao prêmio, também ilustram essa tendência de adaptação linguística.
No entanto, a aceitação dessas formas varia conforme o contexto cultural e histórico.
Assim, a pluralização de “Oscar” não possui uma única resposta e reflete as complexidades de incorporar termos estrangeiros à língua portuguesa.
Seja optando por “Oscars”, “óscares” ou evitando o plural, a escolha final muitas vezes depende mais do contexto e da audiência do que de regras gramaticais rígidas.