Financiamento direto na folha: modalidade para CLT avança com rapidez

Crédito consignado para CLT cresce no país com proposta de praticidade, limite de 35% do salário e contratação digital.



Apenas algumas horas após ser liberado, o novo modelo de crédito consignado voltado para trabalhadores com carteira assinada já movimentava milhões de simulações no país.

Com a promessa de taxas menores e desconto direto na folha de pagamento, a modalidade chamou a atenção logo no primeiro fim de semana de operação, refletindo uma demanda represada por opções de crédito mais acessíveis.

A movimentação não veio por acaso. Com a taxa Selic elevada e o custo do dinheiro em alta, muitas famílias têm evitado empréstimos tradicionais, como o cheque especial e o cartão de crédito, conhecidos pelas taxas mais pesadas do mercado.

Nesse sentido, a possibilidade de um empréstimo com juros menores, atrelado ao contracheque, surge como alternativa para quem precisa de fôlego no orçamento.

Crédito consignado para CLT: veja como funciona

A nova linha funciona de forma semelhante ao consignado já conhecido por servidores públicos e aposentados. O valor das parcelas é descontado automaticamente da remuneração mensal, respeitando um limite de até 35% do salário bruto — o que inclui benefícios, comissões e abonos.

Empregados domésticos, trabalhadores rurais e até funcionários contratados por microempreendedores individuais (MEI) também podem solicitar o crédito, desde que tenham vínculo formal. O modelo visa ampliar o acesso ao crédito em um momento de aperto financeiro, mas exige cautela.

Além disso, a praticidade pesa na decisão. Como o desconto acontece diretamente na folha salarial, o processo é mais rápido e costuma exigir menos burocracia. Para acessar a linha, o trabalhador deve entrar no portal ou aplicativo da Carteira de Trabalho Digital e autorizar o compartilhamento de dados do eSocial.

A partir daí, ofertas de crédito são disponibilizadas em até 24 horas.

O que considerar antes de contratar um empréstimo?

Antes de contratar o consignado, avalie o impacto das parcelas no orçamento e compare as taxas com outras opções. (Foto: Rmcarvalho/Getty Images)

Independente do tipo de crédito, o primeiro passo é entender o motivo da dívida. Se o empréstimo for usado para cobrir despesas básicas ou emergências, como saúde ou moradia, pode ser justificável. Mas quando o objetivo é o consumo imediato, vale redobrar o cuidado.

Outro ponto essencial é o planejamento. Mesmo que as parcelas caibam no orçamento hoje, é preciso avaliar se o valor não compromete outras contas fixas ou futuros imprevistos. Uma margem confortável é ideal para manter o equilíbrio financeiro durante todo o período do contrato.

Por fim, comparar ofertas e ler com atenção as cláusulas do contrato são etapas que não devem ser ignoradas. Juros, taxas adicionais, tempo de carência e possibilidades de renegociação precisam estar claros. No fim das contas, o crédito pode ajudar — desde que seja uma escolha consciente e compatível com a realidade de quem contrata.




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