Ao buscar atendimento com um fonoaudiólogo, é comum surgir a dúvida: afinal, esse profissional pode ser chamado de doutor? A pergunta aparece com frequência em consultórios, especialmente porque o uso do termo está geralmente associado a quem possui um diploma de doutorado acadêmico.
No entanto, na prática clínica, a palavra “doutor” também é usada em outros contextos. Na fonoaudiologia, o tratamento respeitoso e o reconhecimento profissional caminham juntos — e o Conselho Federal da área já se manifestou oficialmente sobre o tema.
O que diz o Conselho Federal de Fonoaudiologia
Desde 2017, o Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa) autoriza o uso do termo “doutor” por fonoaudiólogos, especialmente em situações de apresentação profissional. A recomendação vale, por exemplo, para redes sociais, placas de identificação e materiais de divulgação.
A decisão não exige que o profissional tenha um título acadêmico de doutorado. Assim, a proposta é valorizar a profissão e destacar o papel da fonoaudiologia na promoção da saúde da comunicação e da voz, sem gerar confusões sobre a formação técnica do especialista.
Embora o uso seja permitido, o conselho também reforça que essa nomenclatura deve ser utilizada com responsabilidade. O mais importante é manter a ética na comunicação com os pacientes, deixando claro o tipo de formação e atuação profissional em cada contexto.
Quando é hora de procurar um fonoaudiólogo
Ao contrário do que muitos imaginam, a fonoaudiologia não é voltada apenas para crianças. Esse campo da saúde atende pessoas de todas as idades, desde bebês com atraso na fala até idosos com dificuldade para engolir, respirar ou se comunicar após um AVC.
Além disso, o fonoaudiólogo também atua com profissionais da voz — como professores, cantores e locutores — oferecendo orientações, prevenção e reabilitação de distúrbios vocais. O trabalho envolve tanto o cuidado clínico quanto o suporte especializado para melhorar a qualidade da comunicação no dia a dia e preservar a saúde vocal.
Portanto, sinais como rouquidão frequente, dificuldade na pronúncia, alterações auditivas ou desconforto ao falar podem ser indícios de que é hora de buscar esse acompanhamento. A atuação fonoaudiológica, além de técnica, é essencial para o bem-estar, a autoestima e a vida social e profissional de quem precisa.
