O que fazer com papel higiênico usado: jogar no lixo ou no vaso sanitário?

Descarte de papel higiênico no vaso é prático, mas pode causar problemas no encanamento residencial no Brasil.



Enquanto muitos países adotaram a prática de descartar papel higiênico diretamente no vaso sanitário, no Brasil, essa ação frequentemente encontra resistência. Os banheiros brasileiros muitas vezes até exibem avisos expressos de proibição dessa prática, destacando um dilema recorrente.

A infraestrutura de esgoto no país, especialmente nas residências, não está preparada para lidar com esses resíduos. O risco de entupimento da tubulação é iminente, gerando dúvidas sobre a melhor maneira de descarte.

Considerando essas questões culturais e de infraestrutura, o que é mais eficiente: o lixo ou a privada?

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) aponta que o descarte irregular de lixo, incluindo papel higiênico, é a principal causa de entupimentos nas tubulações. Essa preocupação leva à recomendação de evitar o descarte direto na privada.

Pontos a favor do descarte no vaso

Apesar do alerta feito pela Sabesp e outras empresas do setor, muita gente ainda descarta papel no vaso porque acredita que a prática é mais vantajosa. Alguns argumentos a favor do hábito são:

Vantagens ambientais e praticidade

O descarte no vaso sanitário poderia reduzir o uso de sacolas plásticas criadas para jogar papel sujo no lixo. Além disso, evita-se o manuseio de resíduos biológicos, prevenindo a contaminação por doenças.

Processo de tratamento

O papel higiênico é composto principalmente por fibras de celulose, um material biodegradável, o que simplifica seu tratamento em redes de esgoto mais robustas.

Razões para evitar a prática

Por outro lado, também existem fortes motivos para não realizar o descarte no vaso. São eles:

Consumo exacerbado de água

O descarte no vaso exigiria uma maior quantidade de água para a descarga, aumentando o consumo de um recurso já escasso. A pressão necessária para empurrar o papel aumentaria o gasto hídrico.

Limitações da infraestrutura

Os sistemas hidráulicos brasileiros, atualmente, não possuem capacidade adequada para lidar com essa prática. A consequência seria frequentes entupimentos e complicações na rede de esgoto.

Apesar dos benefícios potenciais, a recomendação é que a prática não seja implementada em domicílios brasileiros.

Descartar papel higiênico no vaso pode resultar em problemas significativos, exigindo uma reformulação da infraestrutura antes de qualquer mudança nos hábitos de descarte.




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