Cientistas japoneses desenvolvem sangue artificial compatível com todos os tipos sanguíneos

Pesquisadores no Japão criam sangue sintético universal, oferecendo uma nova esperança para transfusões seguras e eficazes em todo o mundo.



Na busca por soluções médicas inovadoras, cientistas japoneses do National Defense Medical College anunciaram um avanço significativo: o desenvolvimento de sangue artificial compatível com qualquer tipo sanguíneo.

Este feito promete revolucionar o campo das transfusões sanguíneas, ampliando as possibilidades de tratamento para pacientes em situação crítica.

A escassez de doações de sangue é um problema global que coloca milhões de vidas em risco. Além disso, a compatibilidade entre tipos sanguíneos sempre foi um desafio crítico para garantir a segurança das transfusões. Agora, com o sangue artificial, esses problemas podem ser mitigados, oferecendo uma alternativa prática e eficiente.

Funcionamento e testes iniciais

O sangue sintético japonês é composto por plaquetas e glóbulos vermelhos que podem ser armazenados em temperatura ambiente por mais de um ano.

Em testes realizados, dez coelhos com hemorragia induzida foram tratados com este sangue, resultando na sobrevivência de seis deles. Os resultados se mostraram promissores, comparáveis aos de transfusões com sangue humano real.

Embora os testes em humanos ainda não tenham sido realizados, os resultados positivos em animais sugerem um futuro promissor para o sangue artificial.

A capacidade de utilização imediata, sem a necessidade de determinar o tipo sanguíneo, pode revolucionar os protocolos de emergência médica.

Foto: iStock

Planos de implementação

A Universidade Médica de Nara já planejou um ensaio clínico com adultos saudáveis. O estudo avaliará a segurança e a eficácia do sangue sintético, visando sua implementação em larga escala até 2030.

O processo será feito da seguinte forma:

  • No ensaio, 100 a 400 ml de sangue artificial serão administrados aos voluntários.
  • Se não houver reações adversas, estudos maiores serão conduzidos.
  • Este sangue pode ser armazenado por até dois anos, contrastando com o prazo de um mês do sangue convencional.

Com esse sangue sintético, o Japão pode se tornar pioneiro no uso clínico dessa tecnologia inovadora. Esta descoberta não apenas oferece uma solução para a escassez de doações, mas também promete aumentar significativamente as taxas de sobrevivência em emergências médicas globais.




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