O recente falecimento do Papa Francisco, aos 88 anos, reacendeu lembranças sobre eventos históricos envolvendo pontífices e seus funerais. O líder da Igreja Católica, primeiro papa jesuíta e sul-americano, morreu em 21 de abril, em sua residência no Vaticano, após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) seguido de colapso cardíaco irreversível.
Enquanto o mundo presta homenagens a Francisco, episódios marcantes envolvendo outros papas também voltam à tona. Um dos mais impressionantes ocorreu em 1958, com o papa Pio XII, cujo velório foi interrompido por um acontecimento dramático e até hoje lembrado nos corredores do Vaticano.
Funeral do papa terminou em tragédia incomum
Morto em 1958, o papa Pio XII teve seu corpo embalsamado por seu médico pessoal com um método “natural”, que incluía ervas, resina e vinagre. No entanto, esse processo inadequado provocou consequências drásticas. Durante o velório, realizado no Palácio de Castel Gandolfo, o corpo começou a inchar rapidamente e a liberar um forte odor de decomposição.
Em meio à confusão, os cardeais presentes notaram que algo estava muito errado. As reações físicas visíveis deixaram a situação insustentável. A pele do papa escureceu, as bochechas se romperam e líquidos começaram a vazar do caixão. Tudo isso ocorreu diante de integrantes da alta cúpula da Igreja, que não sabiam, até então, da técnica usada no embalsamamento.
Como os gases da decomposição estavam retidos no corpo, o inchaço acelerou e resultou em uma ruptura drástica: o corpo de Pio XII “explodiu”. A cena foi tão impactante que os responsáveis optaram por lacrar o caixão com pregos, evitando que o público visse o estado do corpo durante a exposição na Basílica de São Pedro.
Repercussões e consequências após o incidente

A repercussão foi imediata dentro da Santa Sé. O responsável pelo embalsamamento, Riccardo Galeazzi-Lisi, foi sumariamente expulso da Casa Pontifícia. Sua decisão de usar um método alternativo, sem autorização oficial, gerou indignação entre os membros da Cúria Romana.
Por fim, é inegável que a morte de um papa costuma mobilizar o mundo católico, mas também revela bastidores raramente expostos. O caso de Pio XII continua sendo um dos mais insólitos da história vaticana e serve de alerta sobre os cuidados necessários nesse momento de transição espiritual e institucional.