Muitas pessoas, especialmente as mais ansiosas, se perguntam se existe um lugar mais seguro para sentar em um avião. Os temores são intensificados após eventos trágicos, como a queda do Boeing-787 na Índia.
Com apenas um sobrevivente entre 240 passageiros, o debate sobre os assentos mais seguros ganha relevância.
No último domingo, o programa Fantástico trouxe uma matéria com o comandante Lotário Kieling, que possui 40 anos de experiência em aviação. Kieling acredita que a cauda da aeronave seja um local mais seguro, pois, em caso de incêndio, essa parte costuma ser menos afetada.
Entretanto, a ciência não oferece garantias absolutas. Cada acidente aéreo possui suas particularidades, como foi demonstrado pelo voo na Índia, onde o sobrevivente estava na poltrona 11A, próximo às asas.
No entanto, Kieling afirma que não há regra fixa para determinar o nível de segurança dos assentos em caso de acidente. O sobrevivente do acidente na Índia, por exemplo, estava em uma posição inesperada, próximo ao tanque de combustível.
A imprevisibilidade dos incidentes na aviação reforça que não há um assento infalível.
Análise de dados de acidentes
Uma análise da revista Time, feita com base em cerca de 35 anos de dados, concluiu que passageiros na parte traseira da aeronave tiveram menos fatalidades.
Em consonância, a Junta Nacional de Segurança no Transporte dos Estados Unidos evidenciou que esses assentos oferecem 69% de chances de sobrevivência.
Localização do assento | Chance de sobrevivência |
---|---|
Parte traseira | 69% |
Parte frontal | 49% |
Existe um assento mais seguro, afinal?
Apesar dos estudos e opiniões, não há consenso sobre a existência de um assento milagroso que impeça uma fatalidade em caso de tragédia.
A segurança dos passageiros em acidentes aéreos continua sendo um campo incerto, embora existam indícios de que a parte traseira possa oferecer melhores chances de sobrevivência.
Contudo, cada situação é única, e o essencial é seguir as normas de segurança a bordo.